O encarceramento imaginário: pensando a experiência sujeito e instituição
Encarceramento. Instituição. Imagem. Imaginário.
A presente pesquisa propõe uma abordagem sobre a experiência do encarceramento ao problematizar a relação do sujeito com o instituído, o qual se apresenta com sua força alienante e aprisionadora das capacidades subjetivas e coletivas. O indivíduo se vê impotente diante de algo que ele não tem consciência, de que é produto do imaginário. Para ele é de outra ordem: encontra-se numa condição de total pertencimento e impotência diante dessa estrutura. Portanto para esse sujeito e, igualmente para o coletivo alienado, não tem forças nem tem mecanismos que o ajudem a pensar e a enxergar tanto o seu lugar de refém de um dado imaginário quanto do próprio imaginário, representado aqui por meio de uma ou mais instituições que tiveram data de início, tiveram origem, ou seja, são criações históricas, são obras do imaginário surgidas em lugares, momentos e povos específicos. O controle alienante do imaginário impede o indivíduo e o coletivo de entenderem estar diante de criações. Mas, o que a consciência de estar diante de criações pode significar e promover na psiquê e na coletividade? Uma das principais contribuições seria uma coerente visão da realidade e das coisas que a compõem, que tais coisas são criações, são obras do imaginário, são instituições feitas ao longo do tempo. Tais instituições, enquanto obras ou por serem criações do imaginário, podem ser reformuladas, desfeitas e até mesmo serem lançadas por terra, caso elas estejam exercendo um papel controlador, dominante e impedidor do raciocínio, da livre reflexão e das novas criações.