PENSAR AS IMAGENS NO CONTEXTO DOS REGIMES DE IDENTIFICAÇÃO DAS ARTES DE JACQUES RANCIÈRE
Regimes de Identificação das Artes, Estética, Política, Imagem, Cinema.
Jacques Rancière defende que as tentativas da filosofia de compreender as revoluções estéticas e políticas ao longo da história foram insuficientes ou errôneas e apresenta uma nova forma de reunir estética e política para compreender os movimentos da estrutura que ele chama de partilha do sensível. O presente trabalho foca na análise dos três regimes de identificação das artes, o ético, o representativo e o estético, relacionando-os com seus respectivos poderes de manter as partilhas do sensível (polícia) ou causar rupturas (política). No primeiro capítulo analisamos os dois primeiros regimes, expondo os problemas encontrados por Rancière em cada um deles. O segundo capítulo, dedicado ao regime estético, pretende demonstrar as origens da revolução estética a partir de uma reformulação do papel do espectador, pensamento cuja origem Rancière extrai de Schiller. Por fim, pretende-se demonstrar como o esquema desses regimes define nossa relação com as imagens, o que culminará, nesse trabalho, em uma análise do cinema como uma instância privilegiada do regime estético, além de esclarecer o conceito de fábula cinematográfica, reunindo espectador e imagem sob a ótica do regime estético.