Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAELA ALVES DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAELA ALVES DE LIMA
DATA : 05/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferencia - https://meet.google.com/vae-gfzi-mqi
TÍTULO:

ANÁLISE BIOINFORMÁTICA DO ESTRESSE OXIDATIVO EM PLANTAS SOB MICROGRAVIDADE E SUA COMPARAÇÃO COM HIPOXIA E CALOR


PALAVRAS-CHAVES:

Estresse Abiótico. Alteração da força gravitacional. Homeostase Oxidativa. Via metabólica


PÁGINAS: 125
RESUMO:

As plantas enfrentam mudanças ambientais de forma frequente, quando essas causam estresse oxidativo são denominadas de estresse. A microgravidade, hipóxia e calor são exemplos de estresse abiótico que podem gerar um desequilíbrio oxidativo. A diminuição da gravidade é uma alteração ambiental que também gera estresse oxidativo, no entanto, ainda há falta de consenso em relação a todos os efeitos provocados por essa condição. Comparar estudos de microgravidade com outros fatores ambientais pode aprimorar a compreensão das respostas das plantas à microgravidade. Neste contexto, realizou-se a integração de dados transcriptômicos oriundos de estudos disponibilizados em plataformas de acesso aberto, os quais investigam os impactos do estresse de microgravidade, hipóxia e térmico em plantas. O objetivo dessa integração foi de enriquecer o entendimento das respostas vegetais à microgravidade, bem como explorar as variações desses efeitos ao longo de diferentes períodos de exposição. Assim sendo, ferramentas de bioinformática foram empregadas para identificar genes centrais, ontologias e vias metabólicas significativamente ativadas. A integração de dados utilizou 18 estudos de microgravidade com 10 estudos de estresse térmico e 10 estudos de hipóxia. Esta integração revelou significativa regulação negativa de genes relacionados à biossíntese de clorofila e processos associados às proteínas de captação de luz. Esses resultados sugerem que a fotooxidação pode ter um efeito pronunciado em condições de microgravidade. Esse efeito parece diminuir com o aumento do tempo de exposição. Houve também sobreposição na ativação de vias metabólicas antioxidantes: metabolismo de glutationa, biossíntese de fenilpropanoides e transdução de fitohormônios, demonstrando que as plantas buscam homeostase redox por meio de diferentes estratégias. O efeito antioxidante permanece em todo o tempo de exposição, sendo mais forte nos primeiros dias de exposição. Genes hub também foram identificados, sendo a maioria relacionado a produção de clorofila e produção de propanóides. Portanto, a reação das plantas ao estresse oxidativo gerado pela microgravidade afeta de forma significativa a fotossíntese, contudo, este impacto pode ser mitigado por uma atividade antioxidante intensa. Esta pesquisa explora como o estresse oxidativo induzido pela microgravidade pode influenciar a fotossíntese e destaca a ativação de mecanismos antioxidantes robustos, fundamentais para preservar o equilíbrio redox diante dos desafios apresentados pela microgravidade. A comparação dessas respostas com as provocadas por outros estresses ambientais fornece perspectivas importantes sobre a capacidade adaptativa das plantas em ambientes com força gravitacional diferente. Tal entendimento é crucial para desenvolver estratégias que aumentem a resiliência de cultivos em contextos de agricultura espacial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1880243 - DANIEL CARLOS FERREIRA LANZA
Interno - 1046922 - LEONARDO CAPISTRANO FERREIRA
Externa ao Programa - ***.423.414-** - GÉSSICA LAIZE BERTO GOMES - INSA
Notícia cadastrada em: 04/03/2024 08:20
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