PRÓTESES PARCIAIS REMOVÍVEIS PROVISÓRIAS IMPRESSAS 3D: ENSAIO
CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO CRUZADO
Arcada Parcialmente Edêntula; Prótese Parcial Temporária; Impressão
Tridimensional; Desenho Assistido por Computador; Qualidade de Vida; Avaliação de
Custo-Efetividade.
Próteses parciais removíveis provisórias (PPRPs) são comumente utilizadas como
tratamentos temporários na reabilitação oral de pacientes parcialmente edêntulos, sendo
considerada uma alternativa de baixo custo e rápida confecção. Apesar das vantagens da
tecnologia digital na fabricação de próteses dentárias, há uma lacuna na literatura de
estudos avaliando PPRPs fabricadas digitalmente. Dessa forma, o presente estudo
objetivou avaliar o desempenho clínico e os desfechos centrados no paciente de
reabilitação oral com PPRPs confeccionadas por fluxo de trabalho convencional (PC) e
digital com impressão 3D (PD). Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado
cruzado, em que pacientes parcialmente edêntulos foram randomizados em dois grupos
de acordo com o tipo de tratamento: PC-PD (reabilitados inicialmente com PPRP
convencional e, após 3 meses, com PPRP impressa) e PD-PC (ordem oposta). O tempo
das etapas clínicas e laboratoriais de fabricação foi mensurado. A qualidade técnica das
PRPDs foi avaliada por um questionário adaptado; a qualidade de vida relacionada à
saúde bucal, com a versão brasileira do OHIP-14; a satisfação do paciente e a
disposição em pagar, com um questionário validado; a performance mastigatória, com o
teste de habilidade de mistura. No fim do tratamento, os participantes indicaram a
preferência final pelo tipo de prótese. Análises descritivas e os testes estatísticos t-
pareado e Wilcoxon foram utilizados, com nível de significância de 5% e poder do teste
de 80%. A amostra foi composta por 11 participantes, com idade média de 43,27±14,40
anos. Observou-se que as PPRPs impressas necessitaram de menor tempo clínico e
laboratorial (p<0,05). A ausência de estabilidade foi o problema mais frequente entre
ambos os tipos de prótese, sendo mais prevalente nas PPRPs convencionais (72,73%).
Não houve diferença entre os grupos no que se refere à qualidade de vida relacionada à
saúde bucal, satisfação do paciente, disposição em pagar e performance mastigatória
(p>0,05). No entanto, a maioria dos participantes (63,64%) preferiu a PPRP
convencional. As PPRPs impressas 3D necessitam de menor tempo clínico e
laboratorial e são equiparáveis às convencionais em relação à qualidade de vida relacionada à saúde bucal, satisfação do paciente, disposição em pagar e performancemastigatória.