Banca de DEFESA: AGNES ANDRADE MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AGNES ANDRADE MARTINS
DATA : 22/04/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Odontologia
TÍTULO:

Caracterização física e avaliação biológica in vivo de um compósito de Hidroxiapatita-Prata para regeneração óssea


PALAVRAS-CHAVES:

Biomaterial. Regeneração Óssea. Hidroxiapatita. Prata. Inflamação


PÁGINAS: 51
RESUMO:

Introdução: O reparo de defeitos ósseos críticos na região craniofacial é um grande desafio no contexto da regeneração tecidual. Limitações inerentes aos enxertos autógenos tornam conveniente o uso de enxertos sintéticos, com especial destaque para a hidroxiapatita (HAp), um fosfato de cálcio que apresenta similaridade ao osso natural. A associação da HAp a outros materiais busca superar as limitadas propriedades mecânicas da HAp, as quais comprometem seu desempenho em lesões extensas ou susceptíveis à esforços mecânicos. A prata (Ag) é um metal que, além de apresentar atividade antimicrobiana bem estabelecida na literatura, tem demonstrado desempenho osteogênico promissor. Objetivo: Caracterizar as propriedades físicas de um novo compósito de HAp-Ag, e avaliar seu desempenho biológico em um modelo experimental de defeito crítico em calvária. Metodologia: Pós de HAp e HAp-Ag foram obtidos e analisados quanto à morfologia por um Microscópio Eletrônico de Varredura por Fonte de Emissão de Campo (MEV-FEG). Pastilhas cilíndricas obtidas a partir da prensa e sinterização dos pós foram submetidas à avaliação por difração de raios-x (DRX) para caracterização das fases cristalinas, ao teste de microdureza de Vickers para análise da tenacidade à fratura, e à análise de molhabilidade para a avaliação da hidrofibicidade. Para a etapa in vivo, 36 ratos Wistar machos foram submetidos à confecção de um defeito crítico em calvária de 8mm e aleatoriamente distribuídos em três grupos (n=12/grupo): Grupo controle (GC), defeito não tratado; Grupo HAp, defeito preenchido com pastilha de HAp, e Grupo HAp-Ag, defeito preenchido com pastilha de HAp-Ag. Após 90 dias do procedimento cirúrgico, os animais foram eutanasiados, e amostras de calvária foram coletadas e destinadas para análises por microtomografia computadorizada (µ-CT), histológica (H&E), de quantificação de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, TNF-α e IL-6) e de expressão gênica relativa (BMP-2, RUNX2, Procolágeno 1 e 3, TGF-β, Osterix e eNOS). Os dados obtidos foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) seguido pelo pós-teste de Tukey (distribuição normal) ou pelo teste de Kruskall-Wallis seguido pelo pós-teste de Dunn (distribuição não-normal), com nível de significância definido em 5%. Resultados: As imagens por MEV-FEG revelaram a obtenção de pós de morfologia irregular e aglomerada, e a análise elementar a partir de espectros EDS confirmou os elementos de formação de HAp e a paresença de prata na amostra HAp/Ag. A partir da análise por DRX das pastilhas prensadas, foi possível observar a formação de HAp de estrutura cristalina hexagonal, enquanto para as pastilhas HAp/Ag houve uma redução na intensidade dos picos principais sem a formação de uma nova fase. A incorporação da Ag à HAp proporcionou um aumento da tenacidade à fratura (HAp: 0,66 MPa.m1/2; HAp/Ag: 0,94 MPa.m1/2). e uma redução do ângulo de contato (36,32° para HAp, e de 10.51° para HAp/Ag). Em comparação ao grupo controle, defeitos preenchidos com ambos os biomateriais apresentaram maior formação óssea (BV/TV%), sendo esse osso menos poroso, com maior número de trabéculas e menor separação trabecular. A análise histológica revelou um estágio mais avançado de maturação óssea dos animais do grupo HA-Ag em comparação ao GC (p < 0.05). Maiores níveis de TNF-α foram constatados no grupo HAp-Ag, em relação ao GC (p < 0.05), e de IL-1β em relação aos demais grupos (p < 0.05). Uma maior expressão gênica dos marcadores procolágeno 3 (p < 0.05) e eNOS (p < 0.01) foi verificada nos animais tratados com o compósito de HAp-Ag em comparação ao grupo GC. Conclusão: Dentro das limitações do presente estudo, pode-se concluir que a incorporação da Ag à HAp proporcionou a obtenção de um biomaterial com melhores propriedades físicas e potencial biológico osteoindutor.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1958729 - RUTHINEIA DIOGENES ALVES UCHOA LINS
Externo ao Programa - 1752956 - EULER MACIEL DANTAS - UFRNExterno à Instituição - RENATA FERREIRA DE CARVALHO LEITÃO
Notícia cadastrada em: 10/04/2025 08:10
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