ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DE IL-17, TNF-α, VEGF E TGF-β EM LESÕES PROLIFERATIVAS NÃO-NEOPLÁSICAS
Granuloma piogênico; fibroma ossificante periférico; lesão periférica de células gigantes; histogênese; curso clínico.
As lesões proliferativas não-neoplásicas (LPNN) são grupo de condições orais que se caracterizam por uma proliferação tecidual excessiva de natureza inflamatória, provenientes de um reparo exagerado do tecido mole, decorrente de injúrias crônicas. São vistas, na maioria dos casos, na mucosa gengival, com destaque para o granuloma piogênico (GP), o fibroma ossificante periférico (FOP) e a lesão periférica de células gigantes (LPCG). Embora estas lesões possuam natureza inflamatória e pareçam ser resposta à uma irritação ou trauma local, a etiopatogenia destas ainda é um tema pouco elucidado. Ademais, pesquisas têm sido conduzidas a fim de compreender uma possível associação entre essas patologias, visto que, embora estas se caracterizem por serem condições distintas, as mesmas apresentam semelhanças etiológicas, clínicas e determinadas características histopatológicas análogas, sendo necessário, de tal modo, lançar mão de estratégias para melhor interpretar essa relação. Nesse contexto, objetiva-se com este estudo avaliar e comparar a imunoexpressão de IL-17, TNF-α, VEGF e TGF-β em amostras de GP, FOP e LPCG. Como também, realizar a associação da expressão desses marcadores com as características clínicas-patológicas das LPNNs abordadas. Trata-se de um estudo transversal observacional e retrospectivo, composto por 90 espécimes teciduais, sendo 30 GPs, 30 FOPs e 30 LPCGs oriundas do Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia do Departamento de Odontologia da UFRN, caracterizado pela observação, análise e registro das características clínicas, demográficas e histopatológicas, bem como da expressão imuno-histoquímica dos espécimes teciduais incluídos. Os resultados serão expressos de forma quantitativa e semiquantitativa a depender do marcador utilizado. Assim, posteriormente, os resultados serão tabulados e submetidos aos testes estatísticos adequados, adotando um nível de significância de 5% (p≤0,05). Nesse âmbito, espera-se com esta pesquisa contribuir na elucidação dos mecanismos envolvidos na etiopatogênese e no comportamento biológico das LPNNs, colaborando assim, com fundamentos para estudos futuros, de tal modo a minimizar o impacto de recidivas através do estabelecimento de manejos terapêuticos mais precisos.