DESENVOLVIMENTO DE UM COMPÓSITO A BASE DE POLIURETANO DE MAMONA COM REJEITO DE TELHA PARA APLICAÇÃO EM ISOLANTE TÉRMICO
Poliuretano De Mamona, Compósitos, Rejeito De Telha, Isolante Térmico, Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Propriedades Mecânicas, Plastificante.
A busca por novos produtos tem sido um fator de importante para todas as áreas. O reaproveitamento de rejeitos como matéria- prima tornou-se alvo de interesse de algumas indústrias devido à questão ambiental. O rejeito de telha que são na maioria das vezes oriundas de construções civis e do manuseio dentro das indústrias ceramistas é utilizado em massas cerâmicas para fabricação de telhas e tijolos e como compostos utilizados em outros materiais. O óleo da mamona tem inúmeras aplicações industriais podendo ser empregada na produção de espumas rígidas de poliuretana, utilizadas para o isolamento térmico. Com isso, desenvolver um compósito a base de rejeito de telha e poliuretano de mamona, além de contribuir com o meio ambiente, representa ações econômicas e renováveis na fabricação de materiais como isolantes térmicos. Portanto, este trabalho consiste no desenvolvimento de um compósito a base de rejeito de telha e poliuretano de mamona, tendo como objetivo utilizar como isolantes térmicos para o mercado consumidor. Na etapa experimental o rejeito de telha foi moído e peneirado à 200 mesh e caracterizados por fluorescência de raios-X (FRX), difração de raios-X ( DRX), Microscopia eletrônica de varredura (MeV) e granulometria a laser, para analisar os elementos constituintes, fases presentes, defeitos e tamanho do grão. Para a fabricação da espuma rígida do poliuretano de mamona puro, foi utilizados dois componentes poliméricos A e B nas proporções 1:1,6. Foram desenvolvidas cinco formulações, FII, FIII, FIV, FV e FVI (10%, 20%, 30%, 40%, e 50 % do rejeito) para fabricação do compósito. As propriedades mecânicas foram determinadas através de ensaios de compressão e ensaio Shore A. Já as propriedades térmicas e tecnológicas foram determinadas a partir de ensaios de condutividade térmica, calor específico, difusividade térmica, absorção de água e massa especifica, respectivamente. Os resultados morfológicos do compósito apresentaram aglomerados de poros fechados, o que pôde ter contribuído para a redução da resistência e da massa específica mecânica, principalmente da formulação FVI. Assim, foi percebido que o aumento do teor de rejeito de telha na matriz do poliuretano não modificou as propriedades termofisicas do material. Contudo, o rejeito de telha contribuiu para diminuição da quantidade de poliuretano usado na fabricação de componentes térmicos. Os valores apresentados pelos compósitos (rejeito de telha + poliuretano) foram similares aos valores do poliuretano puro. Com isso o material fabricado pode ser aplicado como isolantes térmicos, além disto, o seu uso pode contribuir na questão ambiental, por ser um material biodegradável. Visto que foi usado rejeito de telha como matéria prima para o desenvolvimento de novos produtos.