Análises físico-químicas de polpas de frutas e avaliação de seus Padrões de Identidade e Qualidade.
Polpas de frutas, análises físico-químicas, Padrão de Identidade e Qualidade.
A polpa de fruta congelada é um produto com bastante aceitação mercadológica em função de sua praticidade e variedade de sabores e em virtude do crescente aumento no consumo de polpas de frutas pela população e o surgimento constante de novos sabores, este trabalho teve como o objetivo avaliar a qualidade das polpas de frutas que dispõem de Padrões de Identidade e Qualidade, determinados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e fornecer dados que colaborem na padronização de alguns sabores que não apresentam limites estabelecidos pelo MAPA. Realizou-se as seguintes análises físico-químicas nas amostras de polpas de frutas: Sólidos totais, pH, acidez titulável, sólidos solúveis totais, açúcares totais e não redutores e a determinação do ácido ascórbico. Foram analisadas 36 amostras de polpas de frutas congeladas de três marcas comercializadas no Rio Grande do Norte, sendo 14 da marca A, 12 da marca B e 10 da marca C, correspondendo a 14 sabores diferentes, dos quais, 10 apresentam Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ’s) estabelecidos pelo MAPA. O percentual de reprovação para cada parâmetro avaliado foi de 22,22% para sólidos totais e acidez titulável, 7,40% em relação ao pH, 37,04% nos sólidos solúveis totais. Os açúcares totais se encontraram dentro dos requisitos exigidos pelo MAPA e o teor de ácido ascórbico, determinado apenas nas polpas de acerola e caju, apresentou uma não conformidade na polpa de acerola da marca B. De um modo geral os dados obtidos para as polpas com ausência de PIQ’s, como de abacaxi, foram semelhantes, já os sabores ameixa, jaca e tamarindo divergiram bastante em parâmetros como sólidos totais e sólidos solúveis totais. O estudo demonstra a necessidade de um maior controle de qualidade por parte dos produtores com relação à matéria-prima, seu processamento, acondicionamento, armazenamento e a importância de se estabelecer os PIQ’s para sabores ainda não contemplados pela legislação vigente, mas já bastante comercializados.