Otimização da síntese de nanoferritas de NiZn dopada com cobre e cobalto
Ferrita. Fase ferrimagnética. Citrato precursor. Domínios Magnéticos
Foram sintetizadas diferentes composições da ferrita NixCu0,5-xZn0,5Fe2O4 e NixCo0,5-xZn0,5Fe2O4 com 0,5 £ x £ 0,2 pelo método dos citratos precursores. As composições estequiométricas foram calcinadas em atmosfera ambiente na temperatura de 350°C e depois prensadas em pastilhas e toróides. As amostras prensadas foram sinterizadas nas temperaturas de 1000, 1050 e 1100°C/3h em atmosfera ambiente com controle na velocidade de aquecimento e resfriamento. Os pós calcinados foram caracterizados por DRX, TGA/DTG, FTIR, MEV e magnetometria de amostra vibrante (MAV) e as amostras sinterizadas por DRX, MEV, MAV, massa específica e medidas de permeabilidade e perdas magnéticas. Observou-se formação da fase pura ferrimagnética em todas as temperaturas aplicadas com exceção para a composição A-I em todas as temperaturas de sinterização e A-II apenas na temperatura de 1100°C. Foram obtidos tamanhos de cristalitos, pela análise de Rietveld, nanométricos, de 11 a 20 nm para os pós calcinados. Por MEV, as amostras sinterizadas apresentaram tamanho de grãos entre 1 e 10 µm. A densidade aparente (r) do material sinterizado apresentou para Família A comportamento quase linear com o aumento da temperatura e uma tendência a diminuir com aumento da concentração de cobre, comportamento diferente da Família B, onde o aumento da temperatura diminuiu a densidade. As medidas magnéticas do pó revelaram características de um material ferrimagnético macio. Dois processos de magnetização foram considerados, o superparamagnetismo em temperaturas baixas (350°C) e a formação de domínios magnéticos em altas temperaturas. Obtendo-se melhores parâmetros magnéticos para as ferritas P e B-II em altas temperaturas. Os materiais sinterizados a 1000°C apresentaram permeabilidade (µ) de 50 a 800 para a Família A e de 10 a 600 para a Família B. As amostras sinterizadas a 1100°C, Família B mostraram uma variação de 10 a 1000 e as perdas magnéticas (tand) das Famílias A e B, por volta de 1. A resposta de freqüência dos núcleos toroidais está na faixa de 0,3 kHz. Vários fatores da microestrutura contribuem para o comportamento das grandezas µ e tand, tais como: o tamanho dos grãos, porosidade inter e intragranular, quantidade de contorno de grãos e os aspectos da dinâmica das paredes dos domínios em altas freqüências.