Tratamento eletroquímico de água produzida sintética para remoção de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
Tratamento eletroquímico, Água produzida, HPAs
O presente trabalho é dirigido ao tratamento de água produzida de petróleo usando uma tecnologia eletroquímica, um dos principais resíduos gerado durante o processo de exploração e produção na indústria petrolífera. Várias metodologias estão sendo estudadas visando o tratamento desse efluente, dentre elas estão processo biológicos, os processos oxidativos avançados (POA’s), tratamentos eletroquímicos como eletrooxidação, eletrocoagulação, eletroflotação. Esse trabalho estuda a aplicação da tecnologia de eletrooxidação no tratamento desse efluente, pois se trata de uma técnica eletroquímica, onde através da ação do próprio elétron, as substâncias tóxicas e nocivas ao meio ambiente são removidas ou transformadas através de reações de óxido-redução em substâncias menos tóxicas. Para isso, foi utilizado efluente sintético, preparado na proporção de 500 mL de água ultrapura para 1,5 mL de padrão contendo uma mistura dos 16 HPAS, que são: naftaleno, acenaftileno, acenafteno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno, benzo(a)pireno, indeno(1,2,3-cd)pireno, dibenzo(a,h)antraceno, benzo(g,h,i)perileno. A concentração do padrão de HPAS foi de 214 µg/L, onde foram dissolvido em diclometano e H2SO4 0,5M em um reservatório agitados no ultra-som mecânico durante 15 minutos, sendo toda etapa desenvolvida a nível de bancada. Utilizou o processo de oxidação eletroquímica, onde foi realizado em escala de bancada com um reator eletroquímico em batelada contendo um par de eletrodos paralelos, acoplado a um agitador magnético e alimentado com uma fonte de corrente contínua. Como material anódico utilizou-se um eletrodo de ânodo dimensionalmente estável (DSA), constituído de Ti/Pt. Enquanto o outro eletrodo foi o cátodo, composto de Ti. Ao final do tratamento efetuou-se a análise de Cromatografia Gasosa acoplado a Espectrometria de Massa (CG - EM). Os resultados mostraram que foi possível obter remoções dos HPAS superiores a 80%. Como indicador da viabilidade econômica do tratamento eletroquímico foram analisados os consumos energéticos do processo para cada hora do tratamento eletroquímico com base no valor kWh cobrado pela ANEEL. Os custos dos tratamentos desta pesquisa foram bastantes atrativos.