Remoção de microplástico em água através de adsorventes impregnados com tensoativos.
tensoativo; microemulsão; microplásticos; adsorção
Hoje em dia, os plásticos estão cada vez mais presentes no dia a dia, do objeto mais simples ao mais complexo. Os impactos ambientais e, consequentemente, à saúde, causados pela produção descontrolada e descarte inadequado são graves a ponto de se estimar mais plásticos do que peixes nos oceanos em 2050. Os plásticos, com o tempo, tendem a se fragmentar, assumindo tamanhos menores. Os microplásticos são aqueles de tamanho entre 25 µm e 5 mm. Assumir tamanhos menores provoca várias complicações, tais como acúmulo no meio ambiente, inalação pelo ar, adsorção de compostos orgânicos poluentes em água e ingestão por algumas espécies de animais. Os impactos na saúde humana ainda estão sendo estudados mais a fundo. Assim sendo, diante de tantos problemas causados por essas pequenas partículas, mais estudos e formas de tratamento de efluentes contaminados por esse material são necessários. Partindo desse princípio, surfactantes são moléculas que em sua estrutura possuem uma parte polar e uma apolar e, sabendo que os plásticos são constituídos por polímeros, grandes cadeias de carbono apolares, pensou-se em utilizar uma superfície onde os surfactantes sejam adsorvidos e, assim, eles consigam interagir eficientemente com partículas de plástico em uma solução. Portanto, foi escolhido cinco adsorventes: bagaço de coco, de cana e da casca de banana, além de diatomita e bentonita; e os impregnou com um sistema microemulsionado que melhor interagiu com os plásticos. A aplicação atingiu valores de quase 80% de microplástico removido. Aplicando esse estudo em uma situação real, eles podem reduzir as concentrações de plástico que contaminam rios e lagos, diminuindo assim a quantidade de plástico que chega ao oceano.