Abordagem metabolômica da Harpalyce brasiliana Benth: Influência Sazonal e Simbiose Fungo/Planta
Harpalice Brasiliana, estresse biótico e abiótico, simbiose fungo planta
A Harpalyce brasiliana Benth, é um espécie de planta medicinal que possui metabólitos secundários com diversas atividades biológicas. Neste estudo a sua via metabólica foi analisada diante dos fatores bióticas e abióticos sendo aplicada a abordagem metabolomic fingerprint com o uso das técnicas CLUE-DAD, CLAE-RMN, CLUE-EM/QTOF e RMN. Com o auxílio da quimiometria o conjunto de dados obtidos foram estabelecidos às relações entre os fatores ambientais na produção dos metabólitos secundários e sua relação simbiótica com os fungos endofíticos. As altas temperatura e radiação solar foram os fatores climáticos que mais influenciaram durante o cultivo no verão e como resposta de adaptação, a planta aumentou a produção de isoflavonas (10,6%), flavonol (24.6%), flavona (53.7%) e floroglucinois (12.6%). Já no período do inverno ocorreu à influência da alta umidade relativa do ar o que levou ao acúmulo de flavanona (29.5%), flavonois glicosilados (31.5%), pterocarpano (12.6%) e floroglucinois (11.4%). Na interação simbiótica foram identificados três fungos endofíticos, onde dois deles, nigrospora sp e o colletrotichum sp causaram a produção de novos metabólitos na planta, aminas nas amostras do inverno e verão e um ácido fenólico somente no verão e no fungo xylaria sp foram identificados cincos novos metabólitos bioativos. O mesmo ocorreu para o grupo dos fungos não identificados com quatro fungos isolados, o derma sp produziu na planta dois compostos oxigenados somente nas amostras do verão, o fungo não identificado sp produziu uma amina nas duas épocas e o fungo apressourim sp produziu uma amina somente no inverno. Resultando numa tolerância cruzada, onde os fatores abióticos influenciam na produção dos metabólitos secundários e consequentemente na relação simbiótica do fungo com a planta.