Avaliação da eficiência de um inibidor comercial livre e dissolvido em microemulsão na corrosão do aço API 5L A210.
Aço Carbono; Adsorção; Inibidores de Corrosão; Petróleo; Tensoativos;Microemulsão.
Oleodutos sofrem corrosão do tipo química, devido a tensão, entre outros mecanismos, e eletroquímica devido a grande quantidade de salmoura (água e cloretos), presentes nos fluidos produzidos na formação. Este trabalho tem como objetivo estudar a eficiência de um inibidor de corrosão comercial, usado na indústria do petróleo, na inibição de corrosão agindo isoladamente e em mistura com microemulsão (ME) na proporção [1:1]. A ME foi obtida a partir dos seguintes constituintes: água de torneira (fase aquosa), querosene (fase oleosa), n-butanol (cotensoativo) e UNT L90 (tensoativo). O inibidor possui mecanismo de proteção tipo fílmico, na proteção do aço carbono API 5L A210, muito usado na construção de oleodutos terrestres. Os experimentos foram formulados em soluções salinas com 3% de NaCl que funcionam como meio agressivo, na presença e ausência de borbulhamento do gás (CO2), em temperatura ambiente (25ºC). O inibidor estudado apresenta em sua fase ativa compostos de amônio quaternário e derivados de imidazolina, e foi caracterizado como um inibidor formador de filme. Os resultados de eficiência de inibição foram avaliados por dados experimentais de densidades de corrente de corrosão através da técnica eletroquímica polarização linear, com extrapolação de Tafel. O inibidor comercial agindo isoladamente mostrou-se mais eficiente no combate à corrosão do que em microemulsão quando não houve borbulhamento de CO2. Quando ocorreu a saturação da solução de trabalho com CO2, observou-se uma elevação da inibição ao misturar-se o aditivo comercial com a microemulsão. Também se constatou que o excesso de CO2 dissolvido na solução de trabalho implicou em uma elevação da taxa de corrosão, comparado aos ensaios análogos realizados na ausência do borbulhamento contínuo de CO2. Os ensaios foram realizados em concentrações de inibidores de 10, 20, 40, 100, 200 e 400 ppm. As melhores eficiências foram observadas nos ensaios com concentração de 40 ppm, na ausência do borbulhamento, e 200 ppm, quando o ensaio foi realizado na presença de borbulhamento com CO2. Os dados experimentais se ajustaram ao modelo de Langmuir, sugerindo a formação de um filme de monocamadas.