Reinvestigação fitoquímica de Harpalyce brasiliana Benth.
Harpalyce, raiz de cobra, floroglucinol, harpalicina II, antiofídica, pterocarpano.
Este trabalho apresenta a reinvestigação fitoquímica da espécie Harpalyce brasiliana Benth, planta utilizada na região nordeste para tratar ferimentos decorrentes de picadas de serpentes peçonhentas. Após partição e tratamento cromatográfico do extrato etanólico das folhas, foi possível o isolamento e identificação das substâncias Harpalicina II, 1-hexanoil-2´,4,6-tri-hidroxi-3´metil-3´-(4-metil-3-pentenil)-benzopirano (HB1), 1-hexanoíl- 2’,4,6-trihidroxi-3’metil-3’benzo-(3-hidroxi-4-metil-3-pentenil)- benzopirano (HB2), 1-hexanoíl-[2’,3’]-pirano-3’-metil-6’-[hidroxi-dimetil-metano]-4,6-di-hidroxi-benzopirano (HB5), todas previamente relatadas, além da substância 5,4´´di-hidroxi- 3´,4´- metilenodioxi- 7,8:6´´,5´´-2´´,2´´- dimetilpirano-isoflavona (HB4), descrita pela primeira vez na literatura. A identificação foi realizada através de métodos espectroscópicos uni e bidimensionais. Foi realizado o levantamento de floroglucinóis entre os anos de 2008 a 2014 contendo dados espectroscópicos e atividades biológicas das estruturas. Foram realizadas a otimização, cálculos de frequência vibracional e densidades de carga de uma das substâncias através do método B3LYP/ 6-311++g(d,p).