CARACTERIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE VERMICULITA NATURAL E QUIMICAMENTE MODIFICADA NA ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO
argila, vermiculita, modificação, adsorção e isotermas
A modificação química de argilas tem sido extremamente estudada na busca por melhorias de suas propriedades para seu uso em diversas áreas, como por exemplo, no combate a poluição ocasionada por efluentes industriais como corantes. Neste trabalho, a vermiculita foi modificada quimicamente de duas maneiras, caracterizada e avaliada na adsorção do corante azul de metileno. Primeiro foi alterada com adição de um surfactante (brometo de dodeciltrimetilamônio) tornando-a uma argila organofílica e depois pela adição de um ácido (HCl) por ativação ácida . Algumas análises foram realizadas como fluorescência de raios-X (FRX), difração de raios-X (DRX) , isotermas de adsorção do corante azul de metileno, infravermelho (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise termogravimétrica e Espectroscopia de energia dispersiva (EDS). Análise por FRX da vermiculita natural indica que além do silício e do alumínio, a argila apresenta em sua estrutura os cátions magnésio, cálcio e potássio com 16 % de matéria orgânica. As análises por DRX indicam que na vermiculita orgânica houve uma inserção parcial do surfactante no espaço entre as lamelas, e na vermiculita ácida uma destruição parcial da estrutura com perda de cristalinidade. As isotermas de adsorção do azul de metileno mostraram que houve uma melhora significativa na remoção do corante para a vermiculita com a adição do surfactante catiônico brometo de dodeciltrimetilamônio, bem como com tratamento ácido utilizando HCl 2 mol/L. Nas vermiculitas ácidas tratadas posteriormente com o surfactante, a capacidade de adsorção aumentou em relação a vermiculita natural, porem foi bem menor em relação as vermiculitas modificadas com o ácido e com o surfactante separadamente. Só as vermiculitas ácidas tratadas com surfactante e a natural se ajustaram ao modelo de Langmuir. O Infravermelho comprovou as características da vermiculita natural. Na vermiculita orgânica observou-se o aparecimento de bandas características de grupos CH3, CH2, além de (CH3)4N. Já na vermiculita ácida, percebeu-se uma destruição parcial com a diminuição de intensidade da banda característica das vermiculitas que é entre 1074 e 952 cm-1. Na análise de MEV, observou-se que houve destruição parcial com no tratamento ácido e nota-se um aglomerado entre as lâminas causada pela presença do surfactante. A TGA mostra que a maior perca de massa ocorre no começo do aquecimento ocasionado pela perda de água absorvida na superfície entre camadas. Na vermiculita orgânica também se ver uma perca de massa entre 150 e 300 °C ocasionada pela decomposição das moléculas de alquilamônio (surfactantre). Ainda para a conclusão do trabalho, será feita análise de área específica (BET).