Blendas poliméricas a partir de gelatina obtida dos resíduos do processamento de carne mecanicamente separada (CMS) de tilápia (Oreochromis niloticus) e amido de milho
bioblendas poliméricas; amido de milho; gelatina de tilápia
No fim do século 20, tornou-se clara a necessidade de alternativas ao petróleo. Neste cenário, as matérias-primas naturais de origem vegetal ou animal, de fontes renováveis, adquirem uma importância especial ao lado das matérias-primas minerais. Essas matérias-primas naturais podem dar origem a biopolímeros que podem ser elaborados com materiais como lipídios, proteínas, carboidratos, plastificantes, surfactantes, outros aditivos e solventes. Um exemplo disso é a utilização de resíduos do processamento de pescado para a produção de gelatina, que é um produto que possui diversas aplicações tecnológicas, sobretudo na produção de filmes. Esse trabalho, objetiva produzir bioblendas poliméricas a partir de gelatina obtida a partir de resíduo de Carne Mecanicamente Separada de Tilápia (Oreochromis niloticus), e amido de milho comercial. Para a extração da gelatina foram realizados 3 pré-tratamentos distintos, seguidos da extração em água destilada sob aquecimento. As propriedades da gelatina extraída foram semelhantes às da gelatina comercial bovina estudada, porém apresentaram valores inferiores devido à diferença de fontes de obtenção. Foram produzidas blendas de gelatina comercial e amido de milho comercial para fazer um estudo preliminar de seu comportamento utilizando-se um misturador interno, em diversas composições. Suas propriedades físico-químicas e reológicas foram estudadas, observando-se que a adição de gelatina ao amido termoplástico diminui sua viscosidade, melhorando sua processabilidade, e diminui seu teor de gelificação durante a plastificação. Dessa forma, pode-se concluir que o processo para a obtenção da gelatina de tilápia mostrou-se simples e viável, e que a gelatina obtida pode ser utilizada para a produção de blendas com o amido. É vantajoso adicionar gelatina ao amido termoplástico, pois há uma melhora em sua processabilidade, e visivelmente, em sua elasticidade..