PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDERSON DA SILVA SOARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDERSON DA SILVA SOARES
DATA : 18/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual - Meet
TÍTULO:

Discursos e representações dos corpos durante a ditadura militar no Brasil (1968-1979)


PALAVRAS-CHAVES:

Corpo; Ditadura; Discurso; Representação; Tortura.


PÁGINAS: 237
RESUMO:

O objeto de estudo desta tese são as representações e discursos sobre os corpos produzidos durante a ditadura militar no Brasil, mais especificamente nos anos de vigência do AI-5 (1968-1979). Para historicizá-los, analisamos documentos originários dos órgãos de censura e repressão (principalmente os originários do DCDP: Divisão de Censura de Diversões Públicas), cartas de cidadãos comuns endereçadas ao governo, registros de memórias, matérias de revistas e ainda produção bibliográfica sobre o recorte temporal pesquisado. Análise documental que acaba por sustentar nosso questionamento sobre o contexto das enunciações e dos silenciamentos que acabavam por construir estereótipos imagéticos-discursivos, verdades e naturalizações sobre os corpos daquele contexto. A problemática apontada nesta tese nos possibilitou compreender o corpo como um locus privilegiado para construção de fértil historicização da produção de discursos e de elementos simbólicos que sustentavam a relação entre as questões macrossociais e micropolíticas relativas ao tempo de vigência da ditadura militar no Brasil. Este processo de historicização do corpo proporcionou dar visibilidade as dinâmicas de poder e circulação de saberes que substanciavam os discursos e representações presentes nos pareceres dos órgãos de censura e repressão que fomentavam com radicalidade a “defesa da moral e dos bons costumes”. A criminalização e estigmatização de determinados corpos que são “indesejáveis”, “desviantes” e “imorais” nos pareceres, revelaram a presença de um desejo de uma pedagogia autoritária e saneadoras em relacionada aos corpos, mostrando que o regime ditatorial não se sustentou ou se impôs apenas com base em aparatos bélicos e repressivos. Neste desafiante processo de historicização está presente o reconhecimento da dimensão política e simbólica da utilização da tortura, apontando-a como deliberado desejo de ataque e correção aos corpos rebelados e exaltação do poder punitivo extremado. Estão inclusos neste processo de historicização, a relação da ‘moral revolucionária’ das esquerdas deste contexto com os corpos e a resistência dos artistas num modo geral diante da violento processo de vigilância, censura e repressão de suas produções em tempos de vigência do Ato Institucional nº5.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.095.524-** - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Presidente - 6350775 - HENRIQUE ALONSO DE ALBUQUERQUE RODRIGUES PEREIRA
Interno - 1088824 - RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA

Notícia cadastrada em: 12/04/2024 14:56
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07-producao.info.ufrn.br.sigaa07-producao