PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de DEFESA: CID MORAIS SILVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CID MORAIS SILVEIRA
DATA : 27/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual - meet.google.com/kvs-mcdv-qte
TÍTULO:

“Um navio de papel com emigrados que me dizem adeus”:  a geografia literária de Teixeira de Pascoaes e a crise dos espaços em Portugal (1877-1928)


PALAVRAS-CHAVES:

Teixeira  de  Pascoaes;  Portugal;  geografia  literária; desterritorialização;  crise  dos espaços.


PÁGINAS: 301
RESUMO:

Esta tese se propõe a analisar a relação entre o poeta português Teixeira de Pascoaes e os espaços que aparecem em sua obra, articulando-a com uma crise que atingia dados espaços na sociedade portuguesa entre o fim do século XIX e início do século XX. Meu objetivo é analisar as dimensões simbólicas –  imagens, significados e  valores  - construídas e  agenciadas pelo  discurso literário  de Teixeira de Pascoaes e como esse discurso enuncia e constrói paisagem afetivas e saudosas da casa, da montanha, das aldeias, das cidades. Na contramão dos estudos que tendem a reduzir a obra de Pascoaes a uma expressão do Saudosismo, a uma literatura da ausência ou uma filosofia da saudade, desejo inaugurar uma outra forma de interpretação, e é aqui onde se encontra a tese central deste trabalho: pensar a poética do espaço em Pascoaes como uma literatura de resistência a um processo de desterritorialização sofrido por grande parte da população de Portugal no período destacado. Ao lado de acontecimentos traumáticos, de desestabilizações sociais, políticas e econômicas, surgiu o que chamo de crise dos espaços, ou seja, uma quebra do vínculo entre dados grupos sociais e a terra, o desenraizamento coletivo do lugar natal, um movimento de afastamento e uma perda de controle das territorialidades  individuais  e  coletivas,  provocada  pelos  tempos  de  crise  e  pelo  avanço  da modernidade capitalista e burguesa. Cultivo a hipótese de que a figura de Pascoaes, juntamente com sua geografia poética, representa um desejo de luta frente a esse processo, fazendo justamente o movimento contrário: o sujeito que retorna à aldeia onde nasceu e à Casa de Pascoaes, em ruínas, para reconstruí-la e lá viver até o resto de sua vida, à beira da montanha.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FABIO LEONARDO CASTELO BRANCO BRITO - UFPI
Presidente - ***.095.524-** - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Interno - 1518086 - FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
Externo à Instituição - FRANCISCO RÉGIS LOPES RAMOS - UFC
Interno - 1149437 - RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
Notícia cadastrada em: 16/10/2023 16:35
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