Banca de DEFESA: ARTEMISIA DOS SANTOS SOARES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ARTEMISIA DOS SANTOS SOARES
DATA : 03/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: NEPSA II
TÍTULO:

Turismo e território no município de Maragogi/AL: um olhar sobre os processos de participação social, democracia e cidadania para o desenvolvimento do lugar


PALAVRAS-CHAVES:

Maragogi. Turismo. Participação Cidadã. Educação. Desenvolvimento.


PÁGINAS: 275
RESUMO:

Maragogi/AL, trata-se de um município litorâneo, localizado no extremo Norte do estado de Alagoas,
equidistante 125 km de duas capitais nordestinas, Maceió e Recife. Atualmente se apresenta como o
segundo polo receptor de turistas do estado. Para compreender a dinâmica do turismo em sua
totalidade, se fez necessário considerar os fatores endógenos construídos historicamente que

singularizam a maneira como o turismo se desenvolve no lugar, como a exploração secular da cana-
de-açúcar. Sob esta perspectiva, este estudo teve como objetivo geral: analisar o processo de

participação social, no desenvolvimento do turismo em Maragogi/AL, considerando a dimensão
territorial. E objetivos específicos: a) Problematizar historicamente o processo de formação
socioespacial da zona canavieira nordestina, destacando a Zona da Mata alagoana, particularmente,
o município de Maragogi; b) Discutir as implicações socioeconômicas das políticas públicas de
turismo no município de Maragogi/AL; c) Investigar o nível de participação social da população na
dinâmica do turismo local; e d) Construir um marco reflexivo para a participação social no turismo
em Maragogi: a educação para a democracia. A investigação se norteou pela pesquisa-ação
participativa, um método de estudo e ação que procura obter resultados confiáveis e úteis para
melhorar as situações coletivas, embasando a pesquisa na participação dos próprios coletivos a
investigar. Os resultados apontam que a desigualdade presente na dinâmica socioeconômica e política
brasileira, apesar de não estar correlacionada estritamente à atividade turística, tem sido acentuada
por meio do estabelecimento de modelos de desenvolvimento que põem em xeque a participação,
havendo descentralização da força decisória, mas não desconcentração, isto é, a redistribuição da
renda tão discursada na forma de bem-estar social, perpetuando desigualdades fundadas pela cultura
canavieira. Para o grupo que protagonizou o DRP, o turismo e suas particularidades se apresentaram
como fator secundário na lista de prioridades, pois, segundo eles, já há direcionamento de verba e
ações suficientes para o desenvolvimento do turismo no município, cabendo agora aplicar os
benefícios econômicos decorrentes da atividade nos aspectos sociais e ambientais do município,
buscando enxergar o lugar em sua complexidade territorial visando a redução das desigualdades.
Ainda, se notou um distanciamento dos jovens em Maragogi das questões políticas que afetam
diretamente a população, faltando-lhes um estímulo educacional para a democracia. Em busca de um
rompimento da realidade, de uma desmistificação, esta investigação se propôs a assumir uma posição
contraditória à realidade posta, desmitificando a ideia do turismo enquanto “salvação da lavoura”,
enquanto, na realidade, se realiza como uma prática exploratória dos lugares, quando afasta seus
cidadãos do centro do processo, seja no âmbito decisório, seja como usufruinte dos benefícios
decorrentes da atividade. Considerando uma perspectiva totalizante, a partir de um olhar complexo e
indissociável entre pesquisa, ensino e extensão, o estudo permitiu, enquanto pesquisa, a compreensão
do contexto de formação socioespacial da população maragogiense, como também, o contexto da
aplicação das políticas públicas de turismo no município; enquanto extensão convidou esta população
a assumir seu lugar de fala dentro do processo de turistificação do seu lugar; e como ensino, levou as
metodologias participativas/ativas para a prática pedagógica junto aos jovens do lugar, iniciando um
estímulo à conscientização, de construção de reflexão crítica sobre si mesmos e sobre o papel que
almeja assumir diante da história de Maragogi.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA ÀNGELS ALIÓ - UB
Externo à Instituição - ANTONIO JANIO FERNANDES - UERN
Externo à Instituição - CÍCERO PÈRICLES DE CARVALHO - UFAL
Interno - 2346233 - FRANCISCO FRANSUALDO DE AZEVEDO
Interno - 2578221 - MOZART FAZITO REZENDE FILHO
Presidente - 2806096 - WILKER RICARDO DE MENDONCA NOBREGA
Notícia cadastrada em: 19/08/2019 12:41
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