VALORES DE NORMALIDADE PREDITIVOS PARA PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 7 A 11 ANOS
Criança, músculos respiratórios, valores de referência, força muscular
O propósito desse estudo foi propor equações preditivas para as pressões respiratórias máximas de crianças escolares saudáveis. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, o qual avaliou 144 crianças (63 meninos e 81 meninas), divididos nos subgrupos de idade de 7 a 8 e de 9 a 11 anos, estudantes de escolas pertencentes à rede pública estadual e privada do município do Natal/RN. Através do manovacuômetro digital MVD300 (Globalmed®) foi realizado a mensuração das pressões inspiratória e expiratória máximas a partir do volume residual e da capacidade pulmonar total, respectivamente. Os dados foram analisados através do software estatístic SPSS 15.0 (Statistical Package for the Social Science) atribuindo-se o nível de significância de 5%. A análise descritiva foi expressa em médias e desvio padrão. Foi utilizado o teste t’Student não pareado para a comparação de médias. A comparação das médias obtidas com os valores preditos em estudos prévios foi feita através do teste t’Student pareado. A correlação de Pearson foi utilizado para verificar a correlação entre as pressões respiratórias máximas com as variáveis independentes idade, sexo, peso e altura. Para obter as equações preditivas foi utilizada a análise de regressão linear múltipla stepwise. Os resultados permitiram observar que a pressão expiratória máxima não diferiu entre meninos e meninas de 7 a 8 anos. Para os demais subgrupos de idade e pressões respiratórias máximas os meninos apresentaram maior força muscular. Este mesmo sexo apresentou aumento das pressões respiratórias máximas com o aumento da idade. A pressão inspiratória máxima apresentou correlação com sexo, idade e peso, enquanto que para a pressão expiratória máxima além dessas variáveis a altura também teve correlação. As equações propostas em três estudos realizados anteriormente com crianças de outros países não foram capazes de predizer consistentemente os valores observados na população estudada. Nos modelos de regressão propostos neste estudo, apenas o sexo e a idade permaneceram exercendo influência sobre as pressões inspiratória e expiratória máximas. Em conclusão, este estudo propõe dois modelos de equação que permitem predizer as pressões respiratórias estáticas máximas de crianças saudáveis com idade entre 7 e 11 anos.