PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: ANITA ALMEIDA GONZAGA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANITA ALMEIDA GONZAGA
DATA : 25/04/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

FATORES ASSOCIADOS A SINTOMAS CRANIOCERVICAIS E OTOLÓGICOS EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUE ATUARAM NA PANDEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO TRANSVERSAL


PALAVRAS-CHAVES:

Profissional da saúde, equipamento de proteção individual, COVID-19, dor, cefaleia, cervicalgia.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Durante a pandemia por COVID-19 ocorreu um aumento do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), acréscimo de jornadas de trabalho e altas taxas de transtornos psicológicos nos profissionais de saúde, aos quais em conjunto, podem acarretar problemas agudos e crônicos de saúde psíquica e física, como as queixas craniocervicais, cefaleia, dor orofacial, cervicalgia e sintomas otológicos, as quais, também podem ser influenciadas devido às interligações anatômicas e comunicação nervosa das estruturas craniocervicais. Objetivo: identificar os fatores associados a sintomas craniocervicais e otológicos em profissionais de saúde que atuaram na pandemia da COVID-19. Métodos: estudo transversal realizado com profissionais de saúde de ambos os sexos, com 18 anos ou mais, que atuaram na prestação de assistência a pacientes infectados ou suspeitos de COVID-19, sem restrição de atuação em departamento ou nível de atenção. Foram coletados dados acerca das características sociodemográficas, presença de sintomas craniocervicais (cefaleia, dor orofacial e cervicalgia) e otológicos (zumbido, plenitude auricular, hipoacusia, tontura e vertigem), padrão de uso de EPI antes e durante a pandemia. Além do histórico médico, condições de trabalho, hábitos de vida, qualidade do sono e sintomatologia depressiva, por meio de um questionário autoadministrado online. Resultados: 147 sujeitos responderam ao questionário, com 79,6% de mulheres, idade média de 35 ± 9,7 anos. A presença dos sintomas craniocervicais antes à pandemia foi de 32% para cefaleia, 15,6% para a dor orofacial, 21,1% cervicalgia e 11,6% para os sintomas otológicos. Em relação ao agravamento dos sintomas pré-existentes durante a pandemia, foram identificados 22% cefaleia, 8,8% da dor orofacial, 9,4 % cervicalgia e 6,8% sintomas otológicos. Já para o surgimento de novos sintomas craniocervicais durante a pandemia, a cefaleia esteve presente em 50,8%, dor orofacial ocorreu em 39,7%, cervicalgia 43,8% e sintomas otológicos 54,4%. A cefaleia foi o sintoma mais prevalente antes à pandemia e no agravamento de sintomas pré-existentes; já os sintomas otológicos para o surgimento de novos sintomas. Os fatores associados ao agravamento dos sintomas pré-existentes da cefaleia foram: ser do sexo feminino (OR = 5,09), não praticar atividade física durante a pandemia (OR = 4,48) e usar a máscara PFF2 durante a pandemia (OR = 4,07). Já para a dor orofacial foi apenas trabalhar em enfermaria (OR = 4,74). Em relação aos fatores associados ao surgimento dos sintomas craniocervicais, no que diz respeito à cefaleia,encontramos a sintomatologia depressiva presente (OR = 3,15) e para o surgimento da dor orofacial foram presença da cervicalgia durante a pandemia (OR = 2,42) e possuir sintomas otológicos durante a pandemia (OR = 3,14). Com relação à cervicalgia, possuir sintomas associados durante a pandemia (OR = 3,99) e apresentar dor orofacial durante a pandemia (OR = 2,45). No que se refere aos fatores associados ao surgimento dos sintomas otológicos foi encontrados, o uso de máscara cirúrgica antes à pandemia acima de 4 horas por dia (OR = 3,06), uso de face shield durante a pandemia acima de 4 horas por dia (OR = 2,98, IC 95% 1,07 – 8,24, p = 0,035) e presença de dor orofacial durante a pandemia (OR = 3,89). Conclusão: foi evidenciado o aumento na frequência dos sintomas craniocervicais e otológicos nos profissionais da saúde durante a pandemia, sendo a cefaleia mais prevalente antes à pandemia e no agravamento de sintomas pré-existentes. Sugere-se a realização estudos epidemiológicos, longitudinais, com o maior tamanho amostral, para aprimorar o conhecimento e repercussões quanto às queixas craniocervicais e otológicas, formas de preveni-las e tratá-las.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELLA ARAÚJO DE OLIVEIRA - UFPE
Presidente - 4374835 - KARYNA MYRELLY OLIVEIRA BEZERRA DE FIGUEIREDO RIBEIRO
Externa ao Programa - 1639565 - LIDIANE MARIA DE BRITO MACEDO FERREIRA - null
Notícia cadastrada em: 13/04/2023 11:20
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa13-producao.info.ufrn.br.sigaa13-producao