VERSÃO BRASILEIRA DA VESTIBULAR ACTIVITIES AND PARTICIPATION MEASURE: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL, VALIDADE, CONSISTÊNCIA INTERNA, CONFIABILIDADE E MEDIDA DE ERRO
doenças vestibulares, tontura, equilíbrio postural, confiabilidade dos dados, estudos de validação, psicometria.
Introdução: a Vestibular Activities and Participation measure (VAP) é um instrumento que mensura o efeito das desordens vestibulares sobre a atividade e participação dos indivíduos baseado da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Dos 34 itens da versão original, duas subescalas independentes foram desenvolvidas. Objetivo: realizar a adaptação transcultural das subescalas VAP e avaliar suas propriedades de medida (validade, consistência interna, confiabilidade e medida de erro). Métodos: trata-se de um estudo metodológico, em que a adaptação transcultural seguiu as etapas de tradução, síntese, retrotradução, revisão por uma comissão de especialistas e pré-teste. A validade estrutural foi avaliada utilizando análises fatoriais exploratória (AFE) e confirmatória (AFC), enquanto o teste de hipóteses foi analisado correlacionando as subescalas VAP com o Dizziness Handicap Inventory (DHI). O alfa de Cronbach foi utilizado para mensurar a consistência interna. Para análise das confiabilidades intra- e interavaliador foi utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e a medida de erro foi avaliada pelos Erro Padrão de Medida (EPM) e Mínima Mudança Detectável (MMD). Resultados: as subescalas VAP-BR receberam algumas informações adicionais, a fim de melhorar a compreensão dos voluntários no pré-teste. Um fator foi encontrado para cada subescala com 50% de variância explicada. Na AFC, as subescalas 1 e 2 apresentaram, respectivamente, índices de ajuste do modelo adequados (X2/df:1,08 e 1; CFI: 0,99 para ambas; GFI: 0,97 e 0,98; RMESA: 0,03 e 0,08; SRMR: 0,04 e 0,01). Os valores alfa de Chronbach encontrados foram 0,80 para a subescala 1 e 0,82 para a subescala 2. As subescalas 1 e 2 apresentaram os respectivos valores de CCI = 0,87 e 0,90; EPM = 1,01 e 1,16; MMD = 2,79 e 3,22 na avaliação intra-avaliador. Já entre avaliadores diferentes, ambas as subescalas apresentaram CCI igual a 0,92; e para as subescalas 1e 2, respectivamente, foram encontrados valores EPM = 1,03 e 1,53; MMD = 2,85 e 4,23. As correlações entre o DHI e as subescalas VAP revelaram coeficientes acima de 0,57. Conclusão: a versão brasileira das subescalas Vestibular Activities and Participation measure apresenta propriedades de medida adequadas. Dessa forma, as subescalas VAP-BR tornam-se relevantes para a população brasileira com desordens vestibulares a fim de identificar suas limitações de atividade e restrição de participação.