PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: CATHARINNE ANGELICA CARVALHO DE FARIAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CATHARINNE ANGELICA CARVALHO DE FARIAS
DATA : 31/08/2018
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório do departamento de fisioterapia
TÍTULO:

Efeitos do treinamento muscular respiratório em diferentes modalidades associado a reabilitação respiratória em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – Ensaio clínico aleatório e controlado


PALAVRAS-CHAVES:

DPOC, Reabilitação Pulmonar, Treinamento muscular respiratório


PÁGINAS: 138
RESUMO:

Introdução: O Treinamento Muscular Respiratório (TMR) em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ainda não apresenta consenso sobre os efeitos que poderiam adicionar à Reabilitação Pulmonar (RP). Objetivo: Diante disso, nosso objetivo foi propor um protocolo de RP associado à diferentes modalidades de TMR e avaliar seus efeitos adicionais nos desfechos primários da capacidade de exercício e dispneia em indivíduos com DPOC. Métodos: Tratou-se de um ensaio clínico aleatório controlado cego, composto por pacientes com diagnóstico de DPOC, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: Reabilitação Pulmonar  (RP), RP associado ao treinamento muscular inspiratório com carga de resistência ao fluxo cônico (RP+ TMRRFC) e RP associado ao TMR modalidade de endurance por hiperpneia normocapnica (RP+ TMRHN). O protocolo teve duração de 10 semanas, com frequência de 3 dias semanais supervisionados e dois dias sem supervisão, composto de educação em saúde, técnicas de conservação de energia, treinamento aeróbico individualizado em esteira com carga de 70% da velocidade máxima alcançada no teste incremental e fortalecimento muscular periférico para todos os grupos. O grupo RP+TMRRFC realizou treinamento com carga inicial de 35% da pressão inspiratória maxima (PImáx) obtida na avaliação inicial com progressões de 5% a cada semana, até um limite de 80% da PImáx, reavaliada e ajustada semanalmente. O grupo RP+TMRHN realizou treinamento com uma bolsa de reinalação equivalente a 50% da capacidade vital, uma frequência respiratória de 35 vezes o valor do volume expiratório forçado no primeiro segundo, com incrementos de 2 a 3 minutos por semana, até atingir, o tempo máximo de 20 minutos. Foram avaliadas as características antropométricas, função pulmonar, força e resistência muscular respiratória (PImáx, SPImáx, SNIP, PEmáx e VVM), capacidade de exercício (6MWT e ISWT), volumes da parede torácica no teste de endurance, força muscular periférica, sensação de dispneia e fadiga (BORG0-10), estado de saúde (CAT), risco de exacerbação e de mortalidade dos sujeitos (BODE), antes e após o período de intervenção. A análise estatística foi realizada pelo teste de Shapiro-Wilk, Anova One-way, Chi quadrado e Anova Two-way com Pos hoc de Bonferroni, de acordo com a distribuição dos dados. Foi considerado um p < 0,05 e utilizado o software GraphPad Prism, 6.0 . Resultados: Foram avaliados 34 sujeitos e treinados 33 pacientes, sendo 17 (51,5%) do gênero feminino, 66,2(±4,9) anos e IMC 28,0(±4,3) kg/m2. Nos desfechos primários, encontramos após as 10 semanas, aumento na capacidade do exercício nos grupos RP+TMRRFC e RP+TMRHN (p˂0,0001), sendo que, na análise intergrupos, o grupo RP+TMRHN foi superior no ISWT ao grupo RP (Pos hoc de p<0,005). Encontramos ainda, redução nas sensações de dispneia e fadiga após o 6MWT e ISWT, nos três grupos (p<0,001), sem diferença entre eles. Além disso, houve aumento na PImax em todos os grupos (p<0,0001), na SPImáx apenas no grupo RP+TMRRFC (p<0,0001) e melhora na SNIP nos grupos que realizaram RP + TRM, com p<0,0001. No grupo RP+TMRHN observamos melhora na PEmáx (p<0,0001) com Pos hoc de 0,004 em relação ao grupo RP, e na força de preensão manual (p˂0,0001). Verificou-se ainda que nos três grupos, houve redução do risco de mortalidade (p˂0,0001), com melhora no estado de saúde no RP+ TMRRFC  (p<0,001). O grupo RP+ TMRRFC apresentou uma redução no risco de exacerbação (p=0,0006) e uma melhora no CAT (p=0,0001). Conclusões: A associação do TMR aos programas de RP proporcionou ganhos adicionais sobre a capacidade de exercício, o estado de saúde, a força muscular respiratória e periférica, além dos benefícios encontrados em todos os grupos com redução do risco de exacerbação, mortalidade, dispneia e fadiga. Apesar de não conseguirmos diferenciar qual modalidade de TMR foi superior, acreditamos que a RP deve ser enfatizada e o TMR adicionado à RP em programas futuros para essa população.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1545315 - GUILHERME AUGUSTO DE FREITAS FREGONEZI
Interno - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Externo ao Programa - 2419223 - GERSON FONSECA DE SOUZA
Externo à Instituição - ANTONIO JOSÉ SARMENTO DA NÓBREGA - NENHUMA
Externo à Instituição - SHIRLEY LIMA CAMPOS - UFPE
Notícia cadastrada em: 29/08/2018 14:32
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