Associação entre função sexual, qualidade de vida e sintomatologia depressiva em gestantes
Gestante; Saúde Sexual; Disfunção Sexual; Qualidade de Vida; Depressão.
INTRODUÇÃO: A sexualidade humana é um assunto complexo, que engloba uma gama de questões, ela é reconhecida como um dos pilares da qualidade de vida, tendo a sua abordagem cada vez mais valorizada. A sexualidade feminina vem sendo modulada ao longo da vida por inúmeros fatores, que podem levar ao aparecimento de alterações no ciclo da resposta sexual. A gravidez constitui-se de alterações metabólicas, físicas e psicológicas, que ocorrem no corpo da mulher e que alteram não só a resposta sexual feminina, como também a qualidade de vida durante a gestação. OBJETIVO: Investigar associação entre função sexual, qualidade de vida e sintomatologia depressiva, em mulheres grávidas. METODOLOGIA: A população foi formada por gestantes atendidas no exame pré-natal de alto risco da Maternidade Divino Amor, Parnamirim/RN e pelas participantes do Curso para Gestantes do Departamento de Fisioterapia da UFRN (campus central). A coleta de dados foi realizada aplicando um questionário inicial contendo questões sobre dados sociodemográficos, ginecológicos e obstétricos, bem como conhecimento corporal e sexual. A função sexual foi avaliada através da aplicação do Índice de Função Sexual Feminino (FSFI). Para avaliar a qualidade de vida foi aplicado o Índice de Qualidade de Vida de Ferrans and Powers para gestantes e, por fim, para verificar a presença de sintomatologia depressiva foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck. Os achados coletados da amostra foram tabulados em um banco de dados no software Microsoft Office Excel 2007 e as análises foram realizadas através do software Statistical Package for Social Sciencies for Personal Computer (SPSS-PC), versão 20.0, onde foi feito a análise estatística descritiva. RESULTADOS PRELIMINARES: Os dados de 69 gestantes foram analisados, com uma média de 28,56 anos (DP + 6,77); a maioria tem união estável (94,2%) com média de 5,90(DP + 5,28) anos de união. Das gestantes avaliadas, 53,6% não planejaram a gravidez; (50,7%) encontravam-se no segundo trimestre de gestação e fazendo seu acompanhamento pré-natal exclusivamente no serviço público de saúde (53,7%), com uma média de 6,24 consultas de pré-natal (DP + 3,26). Foi verificado que 44,9% das gestantes apresentaram algum tipo de intercorrência na gestação, 7,9% apresentaram sintomatologia depressiva e 3,2% com alterações do humor (disforia). Observou-se, ainda, que 39,1% com alteração em sua função sexual.