GESTÃO DA QUALIDADE PARA A MELHORIA DA ASSISTÊNCIA DO PRÉ-NATAL
pré-natal, gestão, ciclo externo de melhoria da qualidade
Introdução: A gestação é um período singular na vida das mulheres, e necessita de uma assistência obstétrica de qualidade, com ações de promoção da saúde e proteção de agravos, visando a prevenção da morbidade e mortalidade materna e neonatal.
Objetivo: Avaliar e melhorar a qualidade da atenção de pré-natal, no que tange aos cuidados com infecção urinária na gravidez, por meio da implantação de um ciclo externo de melhoria da qualidade no município de Cacoal/Rondônia. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, retrospectiva e documental. Aplicou-se um ciclo externo de melhoria da qualidade, com avaliações de 05 critérios de qualidade e 02 indicadores sentinela: número absoluto de óbitos perinatais e número de óbitos neonatais precoce. Foram realizadas duas avaliações, com temporalidade de 03 meses entre elas, e dois monitoramentos tipo Lot Quality Acceptance Sampling – LQAS. Entre a primeira e a segunda avaliação, aplicou-se uma intervenção participativa, planejada e norteada pelos resultados da primeira avaliação. As amostras de cada critério foram aleatórias e constituídas por 120 amostras. Para a coleta de dados utilizou-se cartões de gestantes compreendidas entre a 36º e 42º semana gestacional. Com intuito de identificar o nível de qualidade, foi empregada a Estimativa pontual e Intervalo de Confiança (95%) do cumprimento dos critérios. E, visando a comprovação da
efetividade da intervenção, foram calculadas as Melhorias Absoluta e Relativa entre a primeira e a segunda avaliação, assim como a sua significação estatística com teste z unilateral. Resultados: Todos os critérios tiveram níveis de melhoria nos seus desempenhos. Os critérios 1, 2 e 4 alcançaram um percentual acima de 65% nas amostras analisadas. Porém, o critério 3, apesar da melhora, ainda demonstra fragilidade no seu cumprimento (34,56%). Com relação aos indicadores sentinela, ambos os óbitos perinatais e neonatais precoce tiveram redução de 30% do número de casos entre os anos de 2014 e 2015.