O CUIDADO ÀS PESSOAS COM SEQUELAS PÓS-COVID-19 NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
COVID-19. Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda. Atenção Primária à Saúde.
As sequelas pós-COVID abrangem sinais, sintomas e/ou condições que persistem ou surgem após quatro semanas da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e a Atenção Primária à Saúde possui um papel fundamental na condução de uma abordagem cuidadosa às sequelas físicas e psicossociais que persistem em indivíduos que sobreviveram à doença, contribuindo para o controle e mitigação dos danos decorrentes da pandemia. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o cuidado às pessoas com sequelas pós-COVID-19 no âmbito da Atenção Primária à Saúde. O estudo foi dividido em duas etapas: a primeira etapa se constituiu em um procedimento teórico realizado através de uma scoping review sobre o tema, conforme as recomendações metodológicas de revisão propostas pelo manual de Joanna Briggs Institute; na segunda etapa foi realizada uma pesquisa documental com a finalidade de caracterizar, analisar e identificar prontuários de pessoas afetadas por sequelas pós-COVID-19 atendidas no Centro de Reabilitação Pós-Covid SuperAR, no município de Campina Grande, Paraíba, durante o período de 2021 a 2023. Como resultados, para análise foram incluídos 08 artigos. Esses artigos foram publicados principalmente nos anos de 2021 (25%), 2022 (37,5%) e 2023 (37,5%), com uma predominância de estudos dos Estados Unidos (25%), embora outros países como Canadá, Chile, Alemanha, Brasil, Espanha e Reino Unido também tenham sido representados. Quanto ao nível de evidência, a maioria dos estudos (50%) foi classificada como nível 3 (estudo qualitativo único). Evidencia-se a importância da APS na gestão das complexas sequelas pós-COVID-19, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Enfatiza-se a necessidade de recursos adequados e estratégias de coordenação eficazes para enfrentar os desafios impostos pela pandemia, com ênfase na adaptação contextual para otimizar os resultados para os pacientes. A pesquisa documental identificou 438 prontuários de pessoas com sequelas pós-COVID, com uma idade média de 48,33 anos, sendo a maioria do sexo feminino (55,7%). Também revelou que as principais sequelas dos pacientes eram respiratórias, seguidas pelas musculoesqueléticas.