AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA ESPESSURA DA MUCOSA PALATINA EM INDIVÍDUOS COM BIÓTIPOS FINO E ESPESSO
Biótipo Periodontal, Mucosa Palatina, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.
INTRODUÇÃO: A identificação do biótipo periodontal é uma importante ferramenta no diagnóstico e prognóstico de tratamentos periodontais. Nos tratamentos da recessão gengival, a região palatina tem sido descrita como a principal área doadora de enxerto. OBJETIVO: Este estudo se propôs a investigar a diferença da espessura da mucosa palatina em indivíduos com biótipos fino e espesso, avaliada em diferentes regiões. METODOLOGIA: Foram incluídos no trabalho 30 pacientes periodontalmente saudáveis submetidos a exames de tomografia computadorizada de feixe cônico. As imagens foram adquiridas no tomógrafo CS8100 3D e todos os parâmetros foram analisados tomograficamente no software CS 3D Imaging. A espessura gengival foi mensurada nos incisivos centrais maxilares e categorizada em biótipo fino ou espesso. Em seguida, a espessura da mucosa palatina foi medida no canino, 1º pré-molar, 2º pré-molar e 1º molar à 3mm, 6mm, 9mm e 12mm a partir da margem gengival. Os testes de Mann-Whitney, Wilcoxon e Friedman foram utilizados para avaliar as diferenças na espessura da muca palatina entre os grupos, entre os dentes e nas diferentes regiões, respectivamente. RESULTADOS: Não houve diferença estatística nas espessuras das mucosas entre os grupos e entre os diferentes dentes analisados (p> 0,05). Em todos os dentes analisados, observou-se que quanto mais distante da margem gengival, maior a espessura da mucosa palatina (p< 0,0001). CONCLUSÃO: Na amostra analisada, a espessura da mucosa palatina não teve relação com o tipo de biótipo paciente e não houve diferença estatística entre os diferentes dentes avaliados. Entretanto, observou-se que independentemente do dente, áreas mais distantes da margem gengival podem ser mais adequadas aos procedimentos de enxertia por apresentarem maior espessura tecidual.