AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO DESGASTE POR RISCO ESCLEROMÉTRICO DE PTFE COM CARGA DE OXICARBETOS DE METAIS DE TRANSIÇÃO OBTIDOS A PARTIR DA CICLAGEM TÉRMICA DE REJEITOS DE SCHEELITA
Tribologia, PTFE, oxicarbetos.
O polímero PTFE (Politetrafluoretileno) caracteriza-se por coeficientes de atrito de deslizamento de 0,13±0,08 mesmo em ambientes térmica e quimicamente hostis, mas a sua taxa de desgaste é a maior dentre os polímeros. O objetivo deste trabalho é melhorar sua resistência ao desgaste através da adição de carga mineral (C.M.O.) de oxicarbetos mistos de metais de transição, obtida a partir de rejeitos de scheelita disponíveis na mina Brejuí, em Currais Novos-RN. Desenvolveu-se um equipamento de baixo custo para ciclagem térmica dos rejeitos de scheelita, após quarteamento convencional. Os oxicarbetos foram produzidos entre 595ºC e 1000ºC, durante uma hora, com um custo inferior à rota química tradicional, utilizando-se reações no estado sólido envolvendo difusão e transformação de fases. Foram caracterizados por FRX, DRX, MEV e EDS. Em prensagem a frio com carga de 15.000 lbf (66,5 kN), obtiveram-se 36 corpos-de-prova (C.P.) de PTFE, com três concentrações mássicas de carga mineral, 15%, 25% e 35%. Mediu-se, utilizando-se um esclerômetro pendular, a energia de deformação por corte de um setor circular na superfície plana dos C.P. executado por um punção de aço AISI 1045 temperado com ângulo de ponta de 30o. Apresentam-se os resultados da energia de deformação para cada um dos três lotes de doze C.P. relativamente às três concentrações de C.M.O. A resistência ao desgaste por corte dos C.P. de PTFE com carga mineral foi o dobro daqueles sem carga, como obtida por SOUZA et al.,2013, aumentou em 22% com o aumento da concentração de 15% para 25% e se manteve neste patamar na concentração de 35%, sugerindo uma tendência à saturação a uma concentração no entorno de 25%.