AVALIAÇÃO DA CARBOXIMETILQUITOSANA COMO INIBIDOR DE INCRUSTAÇÃO E CORROSÃO EM POÇOS DE PETRÓLEO
Carboximetilquitosana, inibidor de incrustação, inibidor de corrosão, carbonato de cálcio, sulfato de bário, cloretos.
O uso de produtos ecologicamente corretos é um tema em discussão nas inúmeras operações industriais. A biodegradabilidade e ecotoxicidade dos produtos utilizados na indústria do petróleo são de grande relevância, e os inibidores de incrustação e corrosão não poderiam ser uma exceção. A quitosana, um biopolímero derivado da quitina, que está presente, principalmente, nas carapaças de crustáceos, apresenta um grande potencial para esta aplicação, pois suas propriedades estruturais e funcionais possibilitam a modificação química estrutural que favorece a capacidade de complexar metais. Sendo assim, o principal objetivo deste trabalho se constituiu em sintetizar, caracterizar e avaliar o desempenho da carboximetilquitosana (CMQ) como inibidor da precipitação de carbonato de cálcio e sulfato de bário, bem como inibidor de corrosão na presença de cloretos em aço carbono 1020, levando em consideração as condições de temperatura, pressão e salinidade dos poços de petróleo da região nordeste. Os resultados revelaram que a CMQ atua como um bom inibidor de incrustação de CaCO3, sendo sua mínima concentração efetiva 170 ppm, determinado através do teste de eficiência dinâmica sob pressão e temperatura, enquanto que para BaSO4 não mostrou-se eficiente. A CMQ é um forte candidato a inibidor de corrosão em meio contendo Cl-, sendo um inibidor do tipo anódico, pois deslocou o potencial de corrosão para regiões mais positivas. Sua eficiência de inibição, determinada por extrapolação da curva de Tafel, foi em torno de 80%, e de 67%, quando determinada pela técnica de impedância eletroquímica, à concentração de 80 ppm. Essa eficiência foi atribuída ao mecanismo de fisissorção, indicado pelo valor de DGads próximo a -10 KJ/mol.