Banca de DEFESA: EVA DÉBORA DE OLIVEIRA ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EVA DÉBORA DE OLIVEIRA ANDRADE
DATA : 17/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por meio de vídeo conferência
TÍTULO:

Evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos: uma análise da coorte brasileira do estudo MAL-ED


PALAVRAS-CHAVES:

Alimentação complementar, amamentação, crianças, aleitamento materno, alimentos ultra-processados


PÁGINAS: 71
RESUMO:

As práticas alimentares nos primeiros dois anos de vida impactam no estado nutricional e de saúde infantis, influenciando o crescimento e desenvolvimento. Poucos estudos avaliaram essas práticas de maneira prospectiva, considerando também características dos alimentos utilizados, como o seu nível de processamento. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos, considerando indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o nível de processamento dos alimentos consumidos. Este estudo é parte do estudo multicêntrico internacional Etiologia, Fatores de Risco e Interações de Infecções Entéricas e Desnutrição e Consequências para a Saúde da Criança (MAL-ED), uma coorte de nascimento, realizada, no Brasil, na comunidade do Parque Universitário, em Fortaleza-CE. Para este trabalho, foram avaliadas as crianças da coorte brasileira do MAL-ED aos 9 (n=193), 15 (n=182) e 24 meses (n=164). As práticas alimentares foram analisadas a partir de recordatórios 24h, utilizando os indicadores propostos pela OMS. Os alimentos consumidos foram também categorizados a partir dos recordatórios de 24h em alimentos in natura, minimamente processados, processados e produtos alimentares ultraprocessados. Foram construídos modelos de regressão logística para determinar variáveis sócio-econômicos e práticas alimentares associadas com o consumo de alimentos ultraprocessados aos 9, 15 e 24 meses de idade.  Observou-se que o número de crianças amamentadas diminuiu ao longo do tempo, de 77,6% aos 9 meses para 55,0% aos 15 meses e 45,1% aos 24 meses. A frequência mínima de refeições ao dia foi atingida por 88,6% das crianças aos 9 meses, 99,5% aos 15 meses e 97% aos 24 meses. A diversidade dietética foi alcançada por 81,9%, 95,1% e 98,2% das crianças aos 9, 15 e 24 meses, respectivamente. A dieta mínima aceitável foi atingida por 74,6%, 95,1% e 95,1% das crianças estudadas aos 9, 15 e 24 meses, respectivamente. A quantidade e frequência de consumo dos alimentos in natura reduziu dos 9 aos 24 meses de idade (p < 0,05); enquanto a quantidade e frequência de consumo de alimentos ultraprocessados aumentou (p < 0,05) durante o período estudado. Dentre os fatores associados com o maior consumo de ultraprocessados, as regressões logísticas demonstraram que, aos 24 meses, as crianças que eram amamentadas apresentaram menor chance de elevado consumo de alimentos ultraprocessados (OR = 0,42; IC 95% = 0,19 – 0,95). Conclui-se que apesar de a amamentação ter reduzido ao longo do período estudado, os indicadores de práticas alimentares foram atingidos pela maior parte das crianças estudadas. No entanto, ao observar os alimentos consumidos, considerando o nível de processamento, houve aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e diminuição dos in natura, o que pode ser desfavorável à saúde das crianças. A amamentação demonstrou-se como um importante fator de proteção contra um maior consumo de alimentos ultraprocessados aos 2 anos de vida.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Externa à Instituição - DANIELA VASCONCELOS DE AZEVEDO
Interna - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Notícia cadastrada em: 19/08/2021 10:16
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