Banca de DEFESA: RUTY EULALIA DE MEDEIROS EUFRASIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RUTY EULALIA DE MEDEIROS EUFRASIO
DATA : 20/12/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de aula 7 do Departamento de Nutrição - DNUT/UFRN
TÍTULO:

Comportamentos de risco para transtornos alimentares e percepção da imagem corporal em bailarinas: uma visão comparativa com desportistas em academias e sedentárias


PALAVRAS-CHAVES:

Anorexia nervosa, bulimia nervosa, autoimagem, estado nutricional, composição corporal, ballet.


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Bailarinas constituem grupo de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TA) devido às rigorosas exigências no desempenho físico, contribuindo para a insatisfação da imagem corporal (IC). Este estudo objetivou avaliar a presença de comportamentos de risco para transtornos alimentares (TA) e a percepção da imagem corporal (IC) em bailarinas adultas, comparando com desportistas em academias e sedentárias. Trata-se de um estudo comparativo, envolvendo 19 participantes em cada grupo, realizado entre agosto de 2016 a junho de 2018. Calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e analisou-se o percentual de gordura corporal (%GC) e densidade mineral óssea (DMO) por meio da absorciometria dupla de raios X (DXA). Para avaliar os comportamentos de risco para TA, utilizou-se os questionários Eating Attitudes Test (EAT-26), direcionado aos sintomas da Anorexia Nervosa (AN) e Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE), voltado para os comportamentos da Bulimia Nervosa (BN). Para a percepção da IC, aplicou-se o Body Shape Questionnaire (BSQ) e Escala de Figuras de Silhuetas (EFS). Nas bailarinas, o IMC e o %GC foi significativamente inferior quando comparado aos demais grupos (one-way ANOVA, p < 0,05). A densidade mineral óssea (DMO) do corpo total pelo DXA mostrou-se dentro dos limites esperados para idade, não diferindo entre os grupos, sendo em média de 0,4 (0,8) Z-scores. A pontuação do EAT-26, do BITE e do BSQ não diferiu entre os grupos estudados. A presença de distorção da IC avaliada pela EFS foi maior entre as sedentárias e desportistas (68,8% nas bailarinas, 70,6% nas desportistas e 100,0% nas sedentárias, p = 0,028), porém a insatisfação com a IC não diferiu entre os grupos (68,8% nas bailarinas, 75,0% nas desportistas, 89,5% nas sedentárias, p = 0,306). O IMC e %GC apresentaram correlação positiva com a pontuação do BSQ nas bailarinas (IMC: r2 = 0,657, p = 0,002; %GC: r2 = 0,574, p = 0,010). Nas desportistas, o %GC apresentou correlação negativa com a pontuação do EAT-26 (r2 = - 0,571, p = 0,013). Nas sedentárias, o IMC correlacionou-se positivamente com a pontuação do EAT-26 (r2 = 0,462, p = 0,047) e com a pontuação do BSQ (r2 = 0,653, p = 0,002), o %GC correlacionou-se positivamente com a pontuação do BSQ (r2 = 0,524, p = 0,026) e a DMO correlacionou-se negativamente com a pontuação do BITE (r2 = - 0,537, p = 0,039). Conclui-se que a presença de comportamentos de risco para TA e a insatisfação da IC nas bailarinas não foi diferente quando comparada às desportistas e sedentárias. O IMC e %GC correlacionaram-se diferenciadamente com os comportamentos de risco para TA e percepção da IC nos grupos estudados, sendo o IMC importante no grupo das bailarinas e sedentárias, o %GC, importante nos três grupos estudados e a DMO importante apenas no grupo das sedentárias.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ILANA NOGUEIRA BEZERRA
Presidente - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Interna - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Notícia cadastrada em: 02/12/2019 14:42
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