Banca de DEFESA: DIOGO VALE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIOGO VALE
DATA : 27/07/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula 07 do Departamento de Nutrição - DNUT/UFRN.
TÍTULO:

Modificações espaciais e temporais da Alimentação e Nutrição no Brasil.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia Nutricional, Estado Nutricional, Geografia Médica, Alimentos Industrializados, Segurança Alimentar e Nutricional.


PÁGINAS: 89
RESUMO:

A alimentação e nutrição da população brasileira é complexa e determinada por múltiplos fatores que foram sendo modificados ao longo do tempo e distribuem-se de formas diferentes no espaço geográfico brasileiro. Esse trabalho teve como objetivo avaliar as modificações temporais e espaciais da prevalência de excesso de peso, disponibilidade domiciliar de alimentos, insegurança alimentar e desenvolvimento social nos diferentes níveis de agregação geográficos brasileiros. Trata-se de um estudo ecológico de desenho misto: (1) compreende a análise do espaço, realizada nas 27 unidades da federação e nas cinco macrorregiões do Brasil; e (2) compreende a investigação de tendência temporal, a partir de estudos representativos da população brasileira, desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, nos períodos de 1974-2003-2009. Avaliou-se a prevalência de excesso de peso, prevalência de insegurança alimentar domiciliar, aquisição per capita e a disponibilidade calórica de alimentos por tipo de processamento e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Foram utilizadas análises descritivas de frequência percentual, Compound Annual Rate, análise exploratória Panel data regression model, análise espacial univariada e bivariada, por meio do cálculo dos Índice de Moran Global e Local, respectivamente. Em 2008-2009, foi verificada desigualdade espacial com formação de três possíveis territórios: Centro-Sul com alta prevalência de excesso de peso, de aquisição de ultraprocessados e IDH, e baixa prevalência de insegurança alimentar e aquisição de alimentos minimamente processados; e Norte-Nordeste, com baixa prevalência de excesso de peso, aquisição de ultraprocessados e IDH e alta prevalência de insegurança alimentar e aquisição de alimentos minimamente processados; e Nordeste Oriental, com altas prevalências de excesso de peso, de insegurança alimentar, aquisição de produtos alimentícios ultraprocessados e melhores IDH, e baixa aquisição de minimamente processados.Entre 1974/2009, foi verificada redução na contribuição anual de alimentos minimamente processados no Brasil (­0,86%/ano), sendo maior no Nordeste (-0,98%/ano) e menor no Centro-Oeste (­0,50%/ano). A disponibilidade calórica de alimentos processados e ultraprocessados aumentaram no Brasil (1,09%/ano) e em todas as regiões com maior acréscimo no Sul (1,42%/ano) e menor no Sudeste (0,67%/ano). Nesse período, a modificação da disponibilidade dessa categoria de alimentos teve associação positiva e significativa com embutidos,queijos e outros derivados do leite, bebidas alcoólicas, margarina e refeições prontas e misturas industrializadas (p<0,001). Conclui-se que o excesso de peso correlacionou-se ao desenvolvimento social e à aquisição de produtos alimentícios ultraprocessados no território brasileiro. O aglomerado espacial Nordeste Oriental sugere a hipótese da coexistência entre melhorias no IDH e elevada prevalência de insegurança alimentar, e crescimento das prevalências de excesso de peso. E que a disponibilidade calórica de alimentos processados e ultraprocessados cresceu em todas as regiões do Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Externo ao Programa - 3926907 - DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA
Externo à Instituição - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA - UFPB
Notícia cadastrada em: 08/07/2016 09:33
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