ESTRESSE OXIDATIVO, ATIVIDADE DA INDOLEAMINA- 2,3 DIOXIGENASE E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS RELACIONADOS AO CONSUMO E RETIRADA DE SACAROSE NA DIETA DE RATOS
Sacarose, IDO, Estresse oxidativo, parâmetros bioquímicos, saúde mental.
A sacarose é o açúcar mais utilizado nas dietas. O consumo excessivo de açúcar está associado a alterações hepáticas e síndrome metabólica em decorrência do metabolismo da sacarose. Além disso, o consumo de sacarose seguido de abstinência foi associado ao desenvolvimento de transtornos mentais, como transtorno de ansiedade e transtorno depressivo. Alterações no estresse oxidativo e na expressão da indoleamina-2,3dioxigenase (IDO),enzima responsável pela produção de metabólitos neurotóxicos da quinurenina na via do metabolismo do triptofano, são relatadas na síndrome metabólica e nos transtornos de ansiedade e depressão. Assim, esse trabalho objetiva investigar alterações no estresse oxidativo, na atividade da IDO e em parâmetros bioquímicos relacionados à síndrome metabólica e aos transtornos de ansiedade e depressão, no soro, córtex pré frontal (CPF), hipocampo e estriado de ratos Wistar submetidos a exposição e retirada de sacarose. Foi adotado o paradigma de livre escolha, onde os animais tinham acesso a duas garrafas, sendo uma de água e a outra disponibilizada de acordo com o grupo, controle (água), retirada a curto prazo (sacarose 5% ilimitada por 16 dias e retirada por 3-4 dias), retirada a longo prazo (sacarose 5% ilimitada por 16 dias e retirada por 23-24 dias) e sacarose contínua (sacarose 5% ilimitada por 19-20 dias). Foram analisados parâmetros do perfil bioquímico sanguíneo e, a nível de cérebro, a atividade da enzima IDO e os níveis de estresse oxidativo a partir dos marcadores de carbonilação de proteínas e peroxidação lipídica, no córtex pré frontal, hipocampo e estriado. Os resultados mostraram que o consumo de sacarose 5% é capaz de alterar o metabolismo lipídico, mas a sua retirada por 3 dias já promove a reversão de alterações relacionadas aos níveis de triglicerídeos. Não foram encontradas diferenças significativas nos parâmetros de estresse oxidativo ou da atividade da enzima IDO, nos animais que consumiram sacarose em comparação ao grupo controle, embora observada tendência de aumento do estresse oxidativo nos grupos que passaram por retirada a curto e longo prazo. Nesse estudo também foi possível observar o consumo de sacarose e a preferência por idade, mostrando a adolescência como a fase de maior consumo.