ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS DA MUCOSA DUODENAL DE RATOS DIABÉTICOS INDUZIDOS POR ESTREPTOZOTOCINA E TRATADOS COM EXTRATO ALLIUM CEPA L. E S-METILCISTEÍNA.
Diabetes Mellitus tipo 1, fitoterápicos, estereologia, duodeno
O Diabetes Mellitus é uma epidemia mundial com previsão de aumento crescente para as próximas décadas. Se trata de uma desordem metabólica heterogênea e é classificada de três principais formas, o DM1, DM2 e diabetes gestacional. Sendo o DM1 experimental o foco deste estudo. O DM1 se caracteriza por ser uma doença autoimune, onde ocorre a destruição imunomediada das células β pancreáticas, com consequentemente déficit de insulina, levando a hiperglicemia que por sua vez leva a danos como retinopatia, neuropatia, alterações gastrointestinais dentre outros. Tendo em vista está problemática, o objetivo deste estudo é avaliar as alterações decorrentes do DM1 na porção duodenal e os possíveis efeitos protetores do extrato de Allium cepa L. e seu aminoácido isolado Smetilcisteína em sua morfologia. Para isto foram utilizados 35 animais machos da linhagem Wistar, com idade de 90 dias e pesando entre 250 a 300 g. Os animais foram alojados em caixas de polipropileno providas de bebedouro e comedouro. Foram distribuídos em quatro grupos: CONT (controle), DMST (grupo diabético sem tratamento), DMSM (grupo diabético tratado com S-metilcisteína) e DMAC (Grupo diabético tratado com extrato de Allium cepa L). O período de tratamento teve duração de trinta dias, a seguir os animais foram eutanasiados com dose letal de isoflurano para retirada das amostras. Feito isso, as amostras foram fixadas para seguir o processamento histológico de rotina com coloração em HE para determinar o volume pelo princípio de Cavalieri, proporção ocupada pelas camadas do duodeno pelo princípio de Delesse, volume absoluto e marcações imunohistoquímicas para IL-10, TNF-α, Caspase 3 e BCL2. Os tratamentos utilizados reduziram a glicemia nos grupos DMSM, DMAC comparado ao grupo DMST, no entanto na perda de peso, polidipsia e polifagia não teve efeito protetivo. Quanto ao aumento do volume da mucosa e volume total visto nos animais diabéticos, os tratamentos propiciaram uma redução deste parâmetro, sendo o grupo tratado com o extrato mais eficiente. A partir dos resultados conclui-se que os tratamentos foram capazes de reduzir a glicemia e reverter em parte as alterações morfométricas quando comparado animais diabéticos tratado e não tratado. Com isso pode se concluir que a intervenção fitoterápica pode funcionar como uma alternativa coadjuvante no tratamento do diabetes tendo benefícios tanto a nível pré-clínico como a nível tecidual duodenal.