A VIDA PÓS DISTONIA: MERCADO DE TRABALHO E O IMPACTO NA CARREIRA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE METAIS DIAGNOSTICADOS COM A DESORDEM
Distonia Focal de Tarefa Específica de Embocadura; Músicos de metais; Vida pós-distonia; Retreinamento; Docência
Este estudo buscou compreender como músicos e professores de metais diagnosticados com Distonia Focal de Tarefa específica de Embocadura (DFTEE)
uma desordem neurológica de movimento que compromete a performance de músicos de metais, retornaram ou ressignificaram suas carreiras. Dentro do período investigativo foram realizadas entrevistas com 15 instrumentistas. Após isso, elas foram analisadas tematicamente, identificaram-se os impactos emocionais, sociais e pedagógicos da desordem, bem como as estratégias para retomar a prática musical ou redefinir a atuação profissional. Os relatos revelam que, apesar das rupturas causadas pela desordem, muitos encontraram novas possibilidades por meio da docência, pesquisa, regência ou outras atividades musicais. Destaca-se a relevância do acolhimento institucional, do acompanhamento clínico e, sobretudo, do retreinamento como fator decisivo para a reinserção desses profissionais no mercado de trabalho. Conclui-se que a vida pós-distonia pode ser marcada por superação e novas oportunidades quando há suporte adequado.