Efeito de argilas organofílicas na estrutura e propriedades de nanocompósitos de poli(metacrilato de metila).
nanocompósitos, montmorilonita, poli(metacrilato de metila)
É crescente o número de pequenas e médias empresas interessadas em desenvolver e usar novos materiais. Muitas vêm buscando soluções tecnológicas e melhorias nos seus processos produtivos para atender as necessidades atuais do mercado, com baixo custo. Nesse grupo encontram-se as empresas que trabalham com a produção do poli(metacrilato de metila), PMMA, comercialmente conhecido como acrílico. Uma opção para essas empresas é o investimento em nanocompósitos de polímeros e silicatos lamelares. Esses materiais têm gerado alto interesse científico e tecnológico por possuírem propriedades mecânicas e de barreira de gás diferenciadas de polímeros e de compósitos convencionais. Com objetivo de atender essa demanda, neste trabalho, foram desenvolvidos nanocompósitos a partir de equipamentos bastante usados pelas indústrias, como a extrusora monorosca e injetora, além de matérias-primas comerciais, com a finalidade de reduzir o custo de produção e investigar a qualidade dos novos materiais desenvolvidos. Foi avaliada a influência do teor e do tipo de argila na estrutura e nas propriedades dos novos materiais. Foram usados dois tipos de PMMA (Acrigel® LEP100 e Acrigel® ECP800) e seis argilas montmorilonitas (Cloisite® 10A, 11B, 15A, 20A, 25A e 30B). Os nanocompósitos foram caracterizados por difração de raios X (DRX), termogravimetria (TGA), microscopia eletrônica de transmissão (MET), colorimetria, transparência óptica, ensaios de tração uniaxial, flexão, esclerometria e dureza Rocwell. Constatou-se que é possível obter nanocompósitos PMMA/MMT intercalados e esfoliados utilizando extrusora monorosca, com propriedades importantes para indústria, sem modificar o processo produtivo e conseqüentemente sem aumentar os custos de produção.