REPRESENTAÇÕES DISCURSIVAS NO DISCURSO POLÍTICO DE POSSE DO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA JAIR MESSIAS BOLSONARO: uma análise microtextual
Palavras-chave: Linguística Textual. Análise Textual dos Discursos. Representações discursivas. Discurso político de posse.
RESUMO
Nesta Tese, temos como objetivo analisar como a construção das representações discursivas (Rd) são desenvolvidas através das categorias, designadamente, semânticas da referenciação, da predicação, da modificação dos referentes, da modificação das predicações, da localização espacial, da localização temporal, da conexão e da comparação nos pronunciamentos do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na sessão solene de posse no Congresso Nacional, em Brasília – DF, no dia 1º de janeiro de 2019. Vale salientar que os discursos ora referidos foram retirados dos portais Oficiais da Presidência da República e do Senado Federal, respectivamente. Assim, o primeiro texto concerne ao compromisso Constitucional do Presidente da república, designado como primeiro discurso à nação, já o segundo texto é o discurso ao Parlatório, conhecido como o primeiro discurso Oficial. Dessa forma, para procedermos às análises, nos ancoraremos nas teorizações permitidas pela Linguística Textual, com fundamentação na perspectiva da Análise Textual dos Discursos – ATD (ADAM, 2011, 2017, 2022). Destarte, objetivamos, pois, identificar, descrever, analisar e interpretar os recursos e as estratégias linguísticas que o Presidente da República utiliza no percurso argumentativo para (re)construir as representações discursivas (imagens) de si aos seus interlocutores (alocutários), assim como dos temas tratados. Dessa forma, no que diz respeito à discussão teórico-metodológica da ATD, nos apoiaremos, além de Adam (2011, 2017, 2021, 2022), em Rodrigues, Passeggi, Silva Neto (2010); Passeggi (2012); Queiroz (2013); e em Oliveira (2014). Também, relacionado às questões de análises atinentes aos papéis semânticos, tomaremos como aporte Perini (2016). No que diz respeito ao sócio interacionismo, nos ancoraremos em Marcuschi (2008, 2012); e em Koch (2011, 2015). Já no que concerne à concepção de gênero, seguiremos a perspectiva dialógica do discurso do Círculo de Bakhtin (2003, 2006). Assim, quanto à metodologia, esta pesquisa será inserida numa abordagem qualitativa, descritivista e interpretativista (MOITA LOPES, 1996; CHIZZOTTI, 1995; MINAYO, 2007; CHAROUX 2004).