CÂMARA CASCUDO: O NARRADOR DE HISTÓRIAS EM PARAGENS NORTE-RIO-GRANDENSES
Conto; Câmara Cascudo; Modernismo brasileiro
Na obra ficcional Histórias que o tempo leva…, do escritor Luís da Câmara Cascudo, os elementos histórico-culturais brasileiros figuram como conteúdos centrais para a construção das narrativas que integram o livro publicado em 1924. Acompanhando as nuances de fatos volvidos ao longo de quatro séculos (XVI-XX), a presente pesquisa analisa as temáticas histórico-primitivas recorrentes nos contos cascudianos, bem como a representação do espaço citadino, inserido na dinâmica da modernização do século XX. Para realizar os objetivos apontados, baseamo-nos nos pressupostos teóricos de Walter Benjamin (1987) e Le Goff (1990) acerca da história, além de Bachelard (1993), no que diz respeito ao espaço e suas múltiplas significações. Na análise dos elementos primitivos e do movimento modernista, conjuntura na qual o livro em questão foi veiculado, fundamentamo-nos nos estudos de Antonio Candido (2006) e Mário Andrade (1974), bem como em Araújo (1995), Ferreira (2008; 2000) e Medeiros (2016) sobre a repercussão do Modernismo no Rio Grande do Norte.