Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA VIEIRA DE SENA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANA VIEIRA DE SENA
DATA : 17/06/2019
HORA: 15:00
LOCAL: a definir
TÍTULO:

A MELANCOLIA EM UM SOPRO DE VIDA - PULSAÇÕES


PALAVRAS-CHAVES:

CLARICE LISPECTOR. FREUD. MODERNIDADE e MELANCOLIA


PÁGINAS: 78
RESUMO:

O vocábulo melancolia é tido pelos pesquisadores da área como de conceito escorregadio, pois pode designar desde uma inspiração filosófica, no dizer do filósofo grego Aristóteles, passando por uma prostração mórbida, como bem assinala Freud (1980), por um estar à deriva da existência, no entendimento contemporâneo de Denilson Lopes (1999), para, finalmente, ser situado por Lambotte (2000) numa configuração independente, pois nem se localiza no conjunto das neuroses, nem no das psicoses.

A obra Um sopro de vida – Pulsações (1999) é uma obra complexa, uma vez que trata de assuntos existenciais e profundos. Seu enredo é marcado por uma força e uma beleza inimagináveis. Sua trama gira em torno de apenas dois personagens: Autor e Ângela Pralini. Procurou-se visualizá-la nos três primeiros capítulos da tese. No primeiro, focalizou-se Um sopro de vida – pulsações pelo viés do corpo enquanto registro melancólico. Para tanto, este capítulo teve o amparo teórico dos livros O que é corpo (1994), de José Gaiarsa, O discurso melancólico (1997), de Marie-Claude Lambotte e Luto e Melancolia (1980), de Sigmund Freud. Depois, numa segunda oportunidade, tal obra foi estudada pelo viés da linguagem melancólica.

Assim, nasce o título O discurso melancólico na voz de Ângela Pralini. Por meio do seu falar ininterrupto, ela se move por vias em que o discurso revela o seu interior decadente frente ao mundo erigido pelos homens. Simultaneamente à fixidez do seu ato de dizer, Ângela desenvolve uma mobilidade suave que a leva a um tempo eclipsado. Ela está imersa num tempo que não anda, mas que também não para. Mediante esse espaço temporal eclipsado, entre o escoamento e a mobilidade, ela desvela temas tão caros à psicanálise: a inibição generalizada, a problemática especular e o negativismo. Finalmente, num terceiro capítulo, buscou-se tecer uma relação entre beleza e melancolia. Dessa forma, o texto teórico, base para essa empreitada, é História da Feiura (2014), de Umberto Eco. O autor equaciona o conceito de beleza histórica e criticamente para, aos poucos, chegar ao conceito de feiura, bem como o fato de ter adquirido relevância na sociedade. Kristeva (1987) é um dos nortes teóricos que permitem entender essa inter-relação. Denilson Lopes (1999) e Lambotte (2000) farão parte desse último recorte.

Outrossim, foi escolhido o conto A bela e a fera ou a ferida grande demais, também de Clarice Lispector, como forma de compreender essa beleza emanada do olhar do sujeito melancólico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO FERNANDES DE MEDEIROS JUNIOR - UFRN
Presidente - 028.795.518-46 - MARCOS FALCHERO FALLEIROS - UFRN
Interna - 3351552 - ROSANNE BEZERRA DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 04/06/2019 14:33
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