1. ESCRITURA NÔMADE E TÉDIO EM HARMADA, DE JOÃO GILBERTO NOLL
PALAVRAS-CHAVE: João Gilberto Noll. Harmada. Escritura. Tédio. Nomadismo.
No espaço contemporâneo das ficções em trânsito, instauram-se os nomadismos da escritura do artista João Gilberto Noll. O narrador errante nolliano, na constituição da obra, se destece ao desenrolar da linguagem, numa trama que invade o corpo dos personagens repletos de tédio e estrangeiros de si mesmo, moventes nas espacialidades do narrar. Nesse sentido, objetiva-se estudar o aspecto da escritura nômade nolliana e do tédio no romance Harmada (1993), na perspectiva da desconstrução do modelo romanesco. A pesquisa circunscreve-se com fundamentação teórico-metodológica no horizonte da crítica pós-estruturalista, concernente aos pensadores teóricos e críticos: Derrida (2009), Deleuze (1995), Foucault (1996; 2001), Barthes(1977), Svendsen (2006) e Hutcheon (1999). Por fim, nosso trabalho aborda a relação entre a escritura nomádica e a experiência do tédio como potência estratégica do fazer literatura nas artes de Noll.