Didática do Plurilinguismo: efeitos da intercompreensão de línguas românicas na compreensão de textos escritos em português
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Abordagem plurilíngue. Inserção curricular da intercompreensão. Ensino fundamental. Estratégias de aprendizagem. Língua portuguesa.
Neste estudo exploratório, apresentamos algumas leituras como em Doyé (2003), Carrasco Perea (2003), Melo, Araújo e Sá (2004), Chavagne (2009) e Alas-Martins (2010; 2011) com o objetivo de verificarmos alguns traços de como a abordagem plurilíngue pode constituir-se em uma tendência na melhoria da compreensão da escrita de textos em língua materna, e quanto pode colaborar para uma melhor percepção do sujeito quanto ao mundo ao seu redor com todas as suas diferentes nuances. Consiste em descrever a metodologia e alguns resultados de pesquisa que proporcionaram a inserção experimental da disciplina denominada de Intercompreensão de Línguas Românicas (ILR) na matriz curricular no município de Natal/RN/Brasil tendo como justificativa o elevado grau de analfabetismo funcional observado entre jovens de até 15 anos, segundo dados do IBGE de 2010. Os resultados foram verificados por meio de pesquisa-ação experimental mista caracterizada por Lewin (1946), Nunan (1992), Thiollent (1994) e Trip (2005) na Escola Municipal Professora Terezinha Paulino de Lima e Escola Estadual Professora Ana Julia de Carvalho Mousinho, com 95 alunos dos anos finais do ensino fundamental. O corpus decorrente desta investigação foi submetido a uma série de técnicas condensadas, como o teste não paramétrico de Kruskal e Wallis (1952) e o teste paramétrico ANOVA, em esforço para conferir um maior rigor à análise dos resultados apontados pelo caderno de atividades de ILR. O estudo possibilitou a investigação de estratégias de compreensão de línguas sob a perspectiva de autores como Ringbow (1987), Giacobbe (1990), Alarcão (1991; 2009a e 2009b), Corder (1992), Castellotti (2001) e Degache (2005), além da transferência dessas competências para a aprendizagem do português como apontado por Meissner, Klein e Stegmann (2004).