CARTILHA DO SILÊNCIO: SOB O SIGNO DA MEMÓRIA E DA MODERNIDADE
Tradição, modernidade. mmenória, regionalismo
Esta pesquisa parte do pressuposto de que o ramance Cartilha do silêncio, de Francisco Dantas, constitui-se de um duplo movimento, articulado um ao outro. Um voltado para a experiência moderna com a ideia de que a modernidade está impregnada de contrários, como nos lembra Nietzsche; outro vinculado a modos da vida baseados na experiência tradicional, mais espontânea e com aspctos regionais. Interessa-nos, pois, analisar questões voltadas para o campo crítico-social que permeiam a vida e a história das personagens do romance, no que se refere à evocação do passado como instância de permacência da tradição em relação ao que apresenta como elementos constituintes da vida social moderna, o que dá à narrativa seu caráter paradoxal. Para subsidiar nossa análise, teremos como principal fundamentação teórica as reflexões de Marshall Berman constantes no livro Tudo que é sólido desmancha no ar e na obra Os cincos paradoxos da modernidade, de Antonie Compagnon. Tendo em vista que o ramnce de Francisco Dantas se configura como uma narrativa fragmentada decorrente da representação da memória social que remonta o tempo e as experiências indviduais à margem de um processo social e de uma família patriarcal, a pesquisa se desenvolve à luz do conceito de memória, e das reflôes de Ecléa Bosi, em Memória e Sociedade: lembranças de velhos. O método adotado em nossa investigação articula texto e contexto, o literário e a vida moderna se conjugam à ordem estética. Nesse sentido,ao ler o romance foi possível per foi possível érceber como a identidade das personagens se constrói durante a narrativa e se mantém resistente à acomodação no seu contexto social na transição da tradição patriacal para a modernidade, crianto um atmosfera de tensão entre os dois registros