Banca de DEFESA: CLÉA PATRÍCIA PEREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLÉA PATRÍCIA PEREIRA DOS SANTOS
DATA : 07/10/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

PERFIS DE USUARIOS E USUARIAS DO AMBULATORIO TRANSEXUAL E TRAVESTI DE NATAL/RN


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras - chave: Sistema Único de Saúde, transexualidade, gênero, vulnerabilidades.


PÁGINAS: 92
RESUMO:

Introdução: A população LGBTQIAPN+ é considerada um público de alta vulnerabilidade social, principalmente quando se trata das pessoas transgêneros, que no Brasil possui uma expectativa de vida em torno de 35 anos. Com a finalidade de prestar uma assistência integral a essa população, em dezembro de 2011, foi instituída a política nacional de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, como resultado de uma longa história de lutas dos movimentos LGBT para que essa população ganhasse visibilidade no campo da saúde. Com essa perspectiva, foi criado o ambulatório para atendimento às pessoas Transexual e Travestis na rede de saúde do Município de Natal.Objetivo: Conhecer os perfis e o estado de saúde mental dos usuários e usuárias do Ambulatório Transexual e Travesti do município de Natal/RN (Ambulatório TT). Métodos: Estudo seccional realizado a partir das informações dos questionários de acolhimento do ambulatório TT, no período de janeiro a março de 2024. Dados demográficos, sociais e da saúde mental dos usuários e usuárias, regularmente cadastrados no serviço, foram coletados. As pessoas com idade inferior a 18 anos e não residentes de Natal foram excluídas. Os dados foram apresentados descritivamente, através de números absolutos, percentuais, médias, medianas, desvio padrão e por meio de figuras. Resultados: Dos 290 instrumentos de acolhimento do Ambulatório Transexual e Travesti de Natal/RN, 281 atenderam aos critérios de elegibilidade. Identificou-se que a maior frequência de acesso ao serviço é de homens trans (46,98%) seguidos de mulheres trans (41,64%), pessoas não binárias (6,41%) e travestis (3,91%). Quanto a orientação sexual, 44,13% se declararam heterossexual, 14,59 bissexual, 11,39% pansexual, seguidos de homoafetivo com 3,91%, enquanto as lésbicas e assexuais, 0,71%. A mediana da faixa etária foi de 23 anos, pretos e pardos, 56,23%, e renda menor que 1 salário mínimo, 44%. Quanto aos aspectos referentes à saúde mental, cerca de 48% relataram não terem feito acompanhamento psicológico, enquanto 32% afirmaram terem feito. A maioria dos casos de violência transfóbica foi relatada por pessoas pretas ou pardas, representando 62,89% dos casos. Uma parcela significativa dos usuários e usuárias, 63%, relataram ter tido pensamentos suicidas, enquanto cerca de 41% admitiram ter tentado suicídio. Além disso, 33% relataram praticar autolesão.Conclusão: O ambulatório TT é frequentado majoritariamente por pessoas trans, jovens, pretos/pardos e de baixa renda, demonstrando ser um serviço que cumpre o seu papel de promover atenção às populações discriminadas e excluídas da sociedade e de parte da rede de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi constatado que o estigma e exclusão social podem ser geradoras de sofrimento e limitadoras do acesso da população TT aos cuidados de saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 421717 - MARIA ANGELA FERNANDES FERREIRA
Interna - 1543230 - ELIANA COSTA GUERRA
Externo à Instituição - JOÃO BOSCO FILHO - UERN
Notícia cadastrada em: 24/09/2024 08:19
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