OS DESAFIOS DA ESTRUTURAÇÃO DOS CUIDADOS PALIATIVOS NA CIDADE DO NATAL RN
Cuidados Paliativos; Estruturas dos Serviços; Qualidade de Vida
Objetivou-se avaliar os desafios da estruturação dos cuidados paliativos na cidade do Natal RN. Trata-se de um estudo seccional com método misto, envolvendo abordagens qualitativa e quantitativa de tratamento e análise de dados. O estudo foi desenvolvido nas instituições cadastradas no sitío da Academia Nacional de Cuidados Paliativos em Natal RN, que ofertem os serviços básicos necessários ao cuidado paliativo. As instituições incluídas na pesquisa foram: Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Hospital Universitário Onofre Lopes e Liga Contra o Câncer. A população-alvo deste estudo foram profissionais médicos paliativistas ou que indiquem cuidados paliativos e pacientes em cuidados paliativos acompanhados por instituições cadastradas na Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) que fornecem esse tipo de cuidado, durante o período de coleta de dados que compreendeu os meses de junho a setembro de 2019. Inicialmente foi feita a identificação das unidades prestadoras de cuidados paliativos. Após isso, levantou-se o perfil epidemiológico dos pacientes em paliação: maior parte são mulheres, com faixa etária de 60 a 79 anos, que nunca fumaram e a maior parte (40.2%) portadoras de neoplasia mamária avançada. Posteriormente, realizou-se entrevistas em profundidade com profissionais médicos com intuito de identificar o saber sobre cuidados paliativos onde foi levantada quatro categorias, que foi desde a definição de cuidados paliativos até os entraves em realizar este cuidado e, por fim, buscou-se avaliar a qualidade de vida dos pacientes em paliação por meio da Escala de Resultados em Cuidados Paliativos (ERCP).Obtivemos como resultados que a qualidade de vida é desfavorável, pelas pontuações estarem sempre a nível moderado. Conclui-se então que o cuidado paliativo em Natal RN ainda está em construção. Pois levantou-se como desafios: O avançado estado de doença em que o paciente chega. Os profissionais se sentirem pouco a vontade para indicar paliação, pois durante toda sua formação é ensinado a curar e não cuidar. A qualidade de vida tida como desfavorável resulta de todo o processo desfavorável aos cuidados paliativos, mesmo com equipe e suporte de medicação, pois engloba fatores maiores desde a mudança de cultura a ausência de diretrizes que regulamentem os cuidados paliativos de maneira mais efetiva.