Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIANA BESSA DE QUEIROZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA BESSA DE QUEIROZ
DATA : 04/06/2025
HORA: 13:30
LOCAL: meet.google.com/tbt-ihhy-gpk
TÍTULO:

MICOBIOMA DO SOLO SOB DIFERENTES USOS DA TERRA NA AMAZÔNIA MERIDIONAL: UMA ABORDAGEM METATAXONÔMICA

 


PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura, diversidade de fungos, metabarcoding, taxonomia, sequenciamento de nova geração (NGS).


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Os fungos constituem um grupo taxonômico diversificado e amplamente distribuído, desempenhando funções essenciais nos ecossistemas. Compreender a estrutura das comunidades fúngicas em diferentes sistemas de uso da terra é fundamental para compreender seu papel nas dinâmicas ambientais e suas contribuições para setores como o agrícola. Embora a Amazônia seja rica em espécies vegetais que favorecem a diversidade de fungos do solo, é o bioma brasileiro menos estudado quanto à diversidade fúngica. Nesse estudo, coletamos amostras de solo em uma área de floresta nativa no Parque Estadual Cristalino, Mato Grosso, e em uma área adjacente recém convertida em sistema agrícola, visando verificar as comunidades e guildas ecológicas de fungos por meio de abordagem baseada em sequenciamento NGS, e paralelamente adotamos um foco estratégico na identificação de Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). A região ITS foi usada para caracterizar as comunidades fúngicas gerais, enquanto a região LSU foi utilizada para caracterização das assembleias de FMA, complementada pela análise morfológica dos esporos. Enquanto as bibliotecas de DNA dos amplicons ITS se encontram em fase de processamento, as bibliotecas LSU resultaram na identificação de 63 Unidades Taxonômicas Operacionais (OTUs) no nível de espécie, incluindo sete OTUs representativas de táxons não descritos em nível de gênero. Além disso, 41 morfoespécies de FMA foram identificadas. Tanto a diversidade alfa quanto a beta diferiram entre as duas áreas avaliadas. A diversidade alfa foi mais elevada nos solos agrícolas, associada ao aumento do pH e disponibilidade de nutrientes (Ca, Mg). Em contraste, os solos da floresta apresentaram pH ultra ácidos (<2.7), o que esteve relacionado à menor diversidade neste ambiente. A diversidade beta foi influenciada pelo pH, teores de P, K, Ca e pela fração arenosa. Os solos amazônicos abrigam elevada riqueza de FMA, incluindo potenciais novas espécies. Embora a conversão para sistemas agrícolas tenha alterado a estrutura das assembleias de FMA, não houve redução na riqueza e diversidade neste estudo. As mudanças observadas foram impulsionadas por variações nas propriedades do solo, com ambientes menos ácidos e moderadamente mais férteis favorecendo uma maior diversidade de espécies.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1755051 - BRUNO TOMIO GOTO
Externa à Instituição - JULIANA APARECIDA DOS SANTOS
Externa ao Programa - ***.585.804-** - KÁSSIA JÉSSICA GALDINO DA SILVA SCHINAIDER - UFRN
Notícia cadastrada em: 21/05/2025 14:59
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