"A família cresceu?": Regimes Demográficos, Difusão, tamanhos de famílias e composição familiar no Rio Grande do Norte (1960 a 2010)
Regime Demográfico; Difusão; Tamanho da família; Composição familia
Os estudos a respeito das transformações populacionais a partir da observação dos regimes demográficos tiveram a contribuição pioneira de Hajnal (1965) e Bacci (1999), que analisaram as mudanças dos regimes considerando não apenas variáveis demográficas, mas também modificações socioeconômicas, socioculturais e alterações na nupcialidade. Para Rowland (1977) o conceito de regime demográfico está inteiramente relacionado ao conceito de sistema familiar e, portanto, se deve analisa-los de modo integrado. A partir disso, se pretende desenvolver uma pesquisa cujo objetivo é analisar como se deu a transição do regime demográfico tradicional (com altas taxas de mortalidade e fecundidade) para o moderno (baixas taxas de mortalidade e fecundidade, tendo crescimento demográfico próximo a zero) no Rio Grande do Norte, por meio da observação do tamanho das famílias e da composição familiar (chefe de família, cônjuges, filhos e enteados, outros parentes e agregados) através da teoria da difusão, de 1960 a 2010. Logo, se faz presente na pesquisa, as discussões acerca da teoria da difusão e de como ela influenciou as mudanças nos padrões de famílias ao longo do tempo. Como metodologia preliminar, proponhe-se o teste de interação espaço-temporal de Knox e uma adaptação do Modelo de Riscos Proporcionais de Cox (SCHMERTMAN; ASSUNÇÃO; POTTER, 2010). Sugere-se também realizar uma pesquisa qualitativa pelo método do grupo focal. A fonte de dados que se pretende usar é o Censo Demográfico, desde de 1960 a 2010. Como resultado preliminar, se intencionou, em um primeiro momento, trazer uma breve caracterização demográfica do Rio Grande do Norte e compará-la ao Nordeste para entender como se situa o RN, na região, em relação a alguns indicadores sociodemográficos, como a Taxa de Fecundidade Total (TFT), Taxa de Mortalidade Infantil (TIM) e Expectativa de Vida. Então, os resultados encontrados demonstraram que o RN não segue uma tendência regional, pelo contrário, é o Nordeste que parece seguir as tendências observadas no RN.