Migração e Vulnerabilidade no Seridó potiguar: uma análise do perfil do emigrante
Seridó; Seca; vulnerabilidade; migração; Adaptação
As 17 cidades inseridas nas microrregiões do Seridó oriental e ocidental formam a região denominada de Seridó do Rio Grande do Norte - RN fica inserida no semiárido setentrional nordestino, que é caracterizado por apresentar fenômenos climáticos extremos como os longos períodos de estiagem. Além disso, historicamente, o referido espaço apresenta baixos índices de desenvolvimento econômico em comparação com as áreas mais desenvolvidas do estado do RN, localizadas na faixa litorânea leste, principalmente aquelas que englobam a Região Metropolitana de Natal. Tal conjuntura, que alia problemáticas ambientais com condições precárias de vida e baixos índices de desenvolvimento humano, acabou contribuindo para a formação de uma gama de municípios que apresentam uma população com alta vulnerabilidade socioambiental e com baixa capacidade de resposta aos longos períodos de escassez de água. Tais fatores construíram dificuldades para o desenvolvimento da reprodução social de sua população e contribuiu para que ampla gama de indivíduos adotasse a emigração da região como uma forma de adaptação ao fenômeno. Dessa forma, o supracitado espaço apresenta uma dinâmica populacional que nos permite analisar, a partir dos perfis socioeconômicos dos emigrantes e da população não migrante, se a opção por migrar funciona como forma de resposta às vulnerabilidades socioambientais presentes nesta região. Nesse sentido, a fim de realizar uma leitura demográfica desse espaço geográfico, serão analisados os perfis socioeconômicos, como renda per capita, nível de instrução e idade dos emigrantes e não-migrantes da região, já que esses são elementos utilizados em uma ampla gama de pesquisa para mensuração da vulnerabilidade.