RECEITA DE COMO (DES)FAZER UM NORDESTINO:
DEBATE ACERCA DO FILME O HOMEM QUE VIROU SUCO (1980)
ENQUANTO CINEMA POLÍTICO DE RECONSTRUÇÃO
O Homem Que Virou Suco; Nordeste; Invenção; Estereótipo; Imagético.
Com a temática inserida nos estudos sobre midiatização e comunicação, este trabalho dirige o olhar ao movimento cinematográfico enquanto dispositivo de luta e ressignificação. Nesse mote, a presente pesquisa tem como objetivo analisar o filme O Homem Que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade, e debater como a obra trata questões de identidade e representatividade com o Nordeste e o povo nordestino. Para tanto, este trabalho recorre, inicialmente, à construção de um arcabouço histórico-social para poder fundamentar o debate teórico principal: como o filme não só rompe com paradigmas e conceitos, como propõe a criticá-los enquanto movimento político de reconstrução do imaginário nordestino. Adotando métodos qualitativos de revisão bibliográfica e análise fílmica, a expectativa de resultado repousa na promoção de um debate sobre a potência e a importância de um cinema representativo, que possa contribuir na (des)construção de estereótipos e personificações preconceituosas.