#FAZERAFEIRA: MIDIATIZAÇÃO DA CULTURA POPULAR NOS PERFIS @FEIRACENTRALDECAMPINAGRANDE E @FEIRADECARUARU DE 2023 A 2024
Midiatização; Folkcomunicação; Instagram; Feira Central; Feira de Caruaru.
Esta investigação de tese visa analisar a Feira Central e a Feira de Caruaru no contexto da mediação e da midiatização a partir dos perfis do Instagram @feiracentraldecampinagrande e @feiradecaruaru no período de 2023 a 2024. O aporte teórico é fundamentado nos estudos de midiatização (Hjarvard, 2014), nos estudos que comportam a teoria das mediações (Martín-Barbero, 1997), nas reflexões acerca de redes sociais (Recuero, 2019, 2017, 2009) e em pesquisas folkcomunicacionais (Beltrão, 2014; Marques de Melo, 2008). Como método de pesquisa utilizamos a netnografia com base em Kozinets (2014, 2021), aliado ao aporte metodológico construído por dos pensamentos Hine (2004, 2025), Augusto e Conceição (2024), Pereira e Mendes, 2020, Mustak (2021) e Caiafa (2019). A pesquisa utiliza técnicas de coleta como a observação, e a análise de conteúdo (Bardin, 2016) e semiótica da cultura (Lotman 2024; Machado, 2007, 2024) como técnicas de análise, para tanto vamos dispor dos instrumentos de pesquisa descritos a seguir: caderno de campo, capturas de tela e o software Iramuteq. No que se refere à relevância social, esta pesquisa se destaca ao investigar de que maneira as feiras livres, espaços tradicionais de convivência, trabalho e expressão cultural de comunidades periféricas e de trabalhadores informais, se articulam com as tecnologias digitais. O estudo propõe uma dicotomia central: por um lado, a midiatização tem potencial para valorizar saberes populares e ampliar a visibilidade de grupos historicamente marginalizados (Beltrão, 2014); por outro, a apropriação das mídias sociais, particularmente do Instagram, pode reproduzir parâmetros hegemônicos de visibilidade orientadas por algoritmos (Recuero, 2009). Como resultados esperados podemos apontar ampliar o entendimento das feiras livres como lugares midiáticos e culturais, esperamos realizar um mapeamento o histórico da midiatização no universo de pesquisa, e evidenciar as práticas folkcomunicacionais e saberes do sul existentes no âmbito físico e digital. Além disso, esperamos que esta pesquisa possa subsidiar e fortalecer o processo de salvaguarda dos bens culturais investigados, no que diz respeito à preservação cultural e a valorização das feiras livres como patrimônio imaterial.