Branqueamento e distribuição dos corais pétreos no Parracho de Maracajaú, Maxaranguape/rn.
Parracho de Maracajaú, branqueamento de corais, fatores ambientais.
O branqueamento de corais tem sido o foco de um número crescente de estudos em recifes, em todo o mundo, desde a década de 1980, quando verificou-se o aumento significativo na frequência, intensidade e número de áreas recifais afetadas. O evento de branqueamento tem sido amplamente relacionados a anomalias térmicas das águas superficiais do oceano, especialmente durante períodos de El Niño. Nesse contexto, vários eventos de branqueamento de corais no Brasil foram registrados a partir de 1993, especialmente em recifes do estado da Bahia, onde foi detectado que o acréscimo de 0,25°C, acima da média máxima de temperatura, durante pelo menos duas semanas, foi o suficiente para causar branqueamento. No litoral do estado do Rio Grande do Norte registrou-se, em março de 2010, o branqueamento dos corais na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), que inclui o complexo recifal conhecido como Parracho de Maracajaú. Nesta ocasião, cerca de 80% dos corais apresentaram-se parcial ou totalmente branqueados e a temperatura da água atingiu valor de 34° C, assim permanecendo durante vários dias. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possível recuperação dos corais através do monitoramento da dinâmica entre branqueamento e recuperação das espécies dos corais mais representativos no Parracho de Maracajaú, que são: Favia Gravida, Millepora alcicornis, Porites astreoides, Siderastrea cf radians e Siderastrea stellata. Tal monitoramento foi associado aos fatores ambientais temperatura da água, pH, salinidade e transparência horizontal da água, no intuito de apresentar informações que contribuam para a caracterização do fenômeno de branqueamento na área e que estas sejam relevantes para o conhecimento e conservação dos corais no Brasil.